GENTILEZA GERA GENTILEZA
Sexta à noite estava eu na escola, e, por algum milagre divino, os alunos não foram. O que é quase um milagre, porque a moçada daqui não tem muitas opções de lazer além da escola. Nós tivemos que cumprir o horário até o último segundo e só pudemos sair quando a digníssima resposável (que não é a diretora) bateu o sinal da escola, depois de ter dado um piti por causa dos computadores que ainda estava ligados e algumas janelas que ainda estavam abertas. CARA! EU SURTEIIIII!!!
A pessoa mal sobe numa gilete e se acha no direito de tirar onda com os outros, que julga "inferiores". O pior é que tinha conosco uma colega que mora na cidade vizinha, e quem vem trabalhar numa motinha Honda CG 125, muito velhinha. Eu fiquei morrendo de dó, porque o tempo estava meio de chuva e ainda assim, não deixaram a pobre sair mais cedo. QUE ÓDIO! Fico passada com essas coisas.
Então, conversando com uma querida colega de trabalho, a Magda, nós nos lembramos do Profeta Getileza, de sua luta incansável pela humanidade e de seu lema:
Tenho uma tremenda admiração por esse homem e fiz uma breve pesquisa sobre ele. Ele se chamava José Datrino e nasceu em Cafelândia, no interior de São Paulo, em 1917. Com mais nove irmãos, José Datrino teve uma infância de muito trabalho, na qual lidava diretamente com a terra e com os animais. Para ajudar a família, puxava carroça vendendo lenha nas proximidades. O campo ensinou a José Datrino a amansar burros para o transporte de carga. Tempos depois, como profeta Gentileza, se dizia "amansador dos burros homens da cidade que não tinham esclarecimento". Desde sua infância José Datrino era possuidor de um comportamento atípico. Por volta dos doze anos de idade, passou a ter premonições sobre sua missão na terra, na qual acreditava que um dia, depois de constituir família, filhos e bens, deixaria tudo em prol de sua missão. Este comportamento causou preocupação em seus pais, que chegaram a suspeitar que o filho sofria de algum tipo de loucura, chegando a buscar ajuda em curandeiros espirituais.
No dia 17 de dezembro de 1961, na cidade de Niterói, houve um grande incêndio no circo "Gran Circus Norte-Americano", o que foi considerado uma das maiores tragédias circenses do mundo. Neste incêndio morreram mais de 500 pessoas, a maioria, crianças. Na antevéspera do Natal, seis dias após o acontecimento, José acordou alegando ter ouvido "vozes astrais", segundo suas próprias palavras, que o mandavam abandonar o mundo material e se dedicar apenas ao mundo espiritual. O Profeta pegou um de seus caminhões e foi para o local do incêndio. Plantou jardim e horta sobre as cinzas do circo em Niterói, local que um dia foi palco de tantas alegrias, mas também de muita tristeza. Aquela foi sua morada por quatro anos. Lá, José Datrino incutiu nas pessoas o real sentido das palavras Agradecido e Gentileza. Foi um consolador voluntário, que confortou os familiares das vítimas da tragédia com suas palavras de bondade. Daquele dia em diante, passou a se chamar "José Agradecido", ou simplesmente "Profeta Gentileza".
Após deixar o local que foi denominado "Paraíso Gentileza", o profeta Gentileza começou a sua jornada como personagem andarilho. A partir de 1970 percorreu toda a cidade. Era visto em ruas, praças, nas barcas da travessia entre as cidades do Rio de Janeiro e Niterói, em trens e ônibus, fazendo sua pregação e levando palavras de amor, bondade e respeito pelo próximo e pela natureza a todos que cruzassem seu caminho. Aos que o chamavam de louco, ele respondia: - "Sou maluco para te amar e louco para te salvar".
A partir de 1980, escolheu 56 pilastras do Viaduto do Caju, que vai do Cemitério do Caju até a Rodoviária Novo Rio, numa extensão de aproximadamente 1,5 km. Ele encheu as pilastras do viaduto com inscrições em verde-amarelo propondo sua crítica do mundo e sua alternativa ao mal-estar da civilização. Durante a Eco-92, o Profeta Gentileza colocava-se estrategicamente no lugar por onde passavam os representantes dos povos e incitava-os a viverem a gentileza e a aplicarem gentileza em toda a Terra.
Em 29 de maio de 1996, aos 79 anos, faleceu na cidade de seus familiares, onde se encontra enterrado, no "Cemitério Saudades".
Com o decorrer dos anos, os murais foram danificados por pichadores, sofreram vandalismo, e mais tarde cobertos com tinta de cor cinza. A eliminação das inscrições foi criticado e posteriormente com ajuda da prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, foi organizado o projeto Rio com Gentileza, com o objetivo restaurar os murais das pilastras. Começaram a ser recuperadas em janeiro de 1999. Em maio de 2000, a restauração das inscrições foi concluída e o patrimônio urbano carioca foi preservado.
O que estou querendo dizer é que se você está mal humorado, ou não vai com a cara de alguém, ou acordou com o pé esquerdo... sei lá. Ninguém, absoluta ninguém, tem culpa disso. Portanto seja pelo menos educada! Dizer bom dia, obridado, pode ir embora mais cedo V, pra vc não tomar chuva enquanto dirige sua moto pela rodovia. Isso não mata ninguém, não prejudica e não faz mal. Muito pelo contrário, só melhora o astral da pessoa. Muitas vezes um sorriso no rosto consegue muito mais do que centenas de palavras.
Acredito que o mínimo de humanidade e respeito pelo próximo é essencial para que possamos ao menos conviver civilizadamente. Não espero que o ambiente em que trabalho se transforme em um mar de rosas, mas GENTILEZA não mata ninguém.
V, essa postagem foi por você amiga! Que enfenta todas as condições adversas para exercer sua profissão e, por sua extrema humildade e simplicidade, não consegue ser respeitada por ser quem é.
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