A Culpa é das Estrelas - John Green

GREEN, John. A Culpa é das Estrelas. Rio de Janeiro: Intríseca, 2012. 283 páginas. Título original: The fault in our stars.
Avaliação (1 a 5) ♥ ♥ ♥ ♥ ♥

"Alguns infinitos são maiores do os outros. Há dias, muitos deles, em que fico zangada com o tamanho limitado do meu conjunto ilimitado. Queria mais números do eu provavelmente vou ter [...] mas você ão imagina o tamanho da minha gratidão pelo nosso pequeno infinito. Eu não o trocaria por nada nesse mundo. Você me deu uma eternidade dentro dos nossos dias numerados, e sou muito grata por isso. " (p. 235)

Por muito tempo, sempre que alguém me perguntava qual foi o melhor livro que já li, eu não hesitava em responder: A Menina Que Roubava Livros. Toda a poesia da escrita de Marcus Zusak entrou em mim de tal forma que sempre acreditei que o posto de Liesel Meminger permaneceria sempre inalcançável. Mas tudo mudou; conheci John Green e sua Hazel Grace...

Hazel tem dezesseis anos é uma paciente terminal de câncer, originalmente na tireoide, e depois se instalando em seu pulmão. Por isso ela sempre carrega consigo um cilindro de oxigênio que a ajuda a respirar. Depois de servir como cobaia nos testes de um novo medicamento, seu tumor encolheu bastante, mas ela sabe que seu destino está traçado e que o final de sua história está próximo.

Ela tenta levar a vida com uma adolescente comum, faz faculdade e tudo o mais, mas seus acreditam que ela não está lidando bem com a situação e a forçam a frenquentar o Grupo de Apoio a Crianças com Câncer e é lá que ela conhece Augustus Waters, um garoto de dezessete anos, bonito, charmoso e SEC (Sem Evidência de Câncer) há dois anos, mesmo que o processo tenha lhe custado aperna direita, amputada pelo osteossarcoma.

Com o tempo, os laços de amizade entre os dois vão se estreitando e, o que pareceria impossível para Hazel  acontece, ela se apaixona.

"Eu estou - ele disse, me encarando, e pude ver os cantos dos seus olhos se enrugando. - Estou apaixonado por você e não quero me negar o simples prazer de compartilhar algo verdadeiro. Estou apaixonado por você e sei que o amor é um simples grito no vácuo, e que o esquecimento é inevitável, e que estamos todos condenados ao fim, e que haverá um dia em que tudo o que fizermos voltará ao pó, e sei que o sol vai engolir a única Terra que podemos chamar de nossa, e eu estou apaixonado por você." (p. 142)

* * * *

Acabei de ler A Culpa É das Estrelas tem mais de um mês e precisei de um tempo para digerir tudo que li nas poucas páginas, e confesso que ainda não consegui. Achei que se esperasse um pouco, talvez conseguisse me preparar melhor e escrever um resenha minimamente digna da amplitude do livro. Mas acho que me enganei, ainda me sinto totalmente incapaz de escrever. E o paradoxo é que, mesmo sabendo que não vou conseguir me expressar bem, eu não consigo não falar do livro aqui, entendem? Sinto um pressa louca, uma vontade de compartilhar esse sentimento que me invadiu, essa paixão pela história de Hazel e Gus.

Sei que muita gente que ainda não leu deve pensar que a história é bem clichê e previsível (o que nem posso contestar, afinal tem algo mais previsível do que a história de amor entre uma garota com câncer e um garoto charmoso?). Mas a escrita talentosa de John Green conseguiu transformar isso numa obra prima! A narrativa se desenvolve tal forma que eu não conseguia largar o livro e ao mesmo tempo, me sentia pesarosa ao ver os capítulos terminando, eu não queria que acabasse... :-(

Hazel é uma personagem linda! Ela é a típica adolescente que gosta de programas fúteis e que tem crises por motivos absurdos, como qualquer um na sua idade. Mas ao mesmo tempo ela é forte e muito inteligente, culta, entende de filosofia, música, arte. O tipo de filha que eu sonharia para mim. Ela sabe ser sarcástica na medida certa e tem um senso de humor perfeito, consegue rir das coisas mais estranhas, e até de si mesma.

"O que mais? Ela é tão linda! Não me canso de olhar de para ela. Não me preocupo se ela é mais inteligente que eu: eu sei que é. É engraçada sem nunca ser má. Eu a amo. Sou muito sortudo por amá-la." (p. 283)

Augustus é o par perfeito para Hazel, a personalidade dos dois se encaixa a ponto de um terminar as frases do outro. Eles seriam daqueles casais que envelheceriam juntos segurando a mão um do outro, não fosse o câncer. E o melhor nele, é perceber sua transformação do autoconfiante, seguro de si e metafórico Augustus, no frágil, desesperado e belo Gus.

"Mas só digo uma coisa: quando os cientistas do futuro aparecerem na minha casa com olhos robóticos e me disserem para experimentá-los, vou mandar eles se foderem, porque não quero ver um mundo sem Augustus." (p. 234)

E mesmo sabendo que estão diante de uma história de amor que não tem como terminar bem, Gus e Hazel decidem viver seu infinito da melhor forma possível e transformá-lo em uma eternidade, dentro de seus dias contados.

Resumindo, não consigo expressar tudo que apreendi no livro. John Green conseguiu derrubar todas as minhas barreiras e me fez chorar e rir tanto que perdi o sono, tentando avaliar a profundidade de tudo aquilo que estava nas entrelinhas, e acreditem, é muita coisa! Ele me fez agradecer muito pela minha família, meu marido, minha casa, meu trabalho e pelo oportunidade de estar com tudo isso por um número ainda infinito de dias, afinal Green me fez rever meu conceito de infinito. E mais, me fez perceber o quanto tudo isso transitório, fugaz. Me fez valorizar muito tudo isso, afinal até quando vai esse infinito?

"Não dá para escolher se você vai ou não se ferir neste mundo, meu velho, mas é possível escolher quem vai feri-lo. Eu aceito minhas escolhas." (p. 283)

Ou seja, quando forem ler A Culpa é das Estrelas, preparem-se, pois como eu, vocês não vão sair imune à esse livro!

B-jusssss! ♥
;-p


5 comentários:

  1. Nossa eu li este livro em 7 horas de tão viciante que ele é, me apaixonei pelos personagens e pela história de amor perfeita <3 Não vejo a hora de junho chegar para que eu possa assistir o filme :) ansiosa demais...

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  2. Eu li o livro e simplesmente adorei a historia, e como está escrito na capa é pra rir, é pra chorar é a historia de amor que qualquer um sonha, tem seu altos e baixos, mais é simplesmente LINDA... espero que o filme seja tão bom quanto

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  3. MDS, FOI EXATAMENTE ASSIM QUE ME SENTI QUANDO LI ESSE LIVRO NO ANO PASSADO, É UMA COISA ESTRANHA, VC N QUER QUE ACABE, E QUANDO ACABA VC FICA TIPO 'EU QUERO MAIS", ELE TE PRENDE DE UMA FORMA, QUE CARA.... É EXATAMENTE ISSO Q VC DISSE SOBRE N SABER EXPRESSAR E TER PRESSA EM FALAR, EU ME SINTO MUITO ASSIM! GNT, É MARAVILHOSOOO. FIQUEI 1 MES PRA ME DESPRENDER DO LIVRO, E AGR VEIO O FILME E DESTRUIU MINHAS ESTRUTURAS Q DEMOREI TANTO PRA JUNTAR. ÓH! JOHN VERDE. (ps.: Meu nome é Lizandra, si estou logada na conta do meu irmao.).

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  4. QUE LIVRO E ESSE! (OK! chega de caps lock) quando me indicaram o livro pensei: " mais um livro sobre cancêr, e eu vou chorar; tipo normal!" SÓ Q Ñ! sem duvida passou a ser o meu livro preferido. Como ñ se apaixonar por hazel&gus, o humor que o Green coloca nos dialogos dos personagens fez com que eu revesse o jeito de olhar na vida e nas coisas simples q ela me proporciona.
    MOMENTO REFLEXÃO :espero viver o infinito com alguem parecido com gus. 0,00001,0,00000001.
    bjs! P.S: Chorei horrores e ri bastante.
    OK!

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  5. MINHA OPINIÃO: eu li o livro, assisti o filme e particularmente não gostei :( (sorry fans), achei o livro previsível sim e o filme muito mais, a história é linda? Sim... mas achei a linguagem muito fraca, o que é uma pena, pois queria muito ler outros títulos do John Green mas achei que A Culpa é das Estrelas tirou minhas boas expectativas do autor...


    mesmo assim, parabéns pela resenha e mais uma vez, parabens por esse blog incrível

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