Bienal do Livro de SP: EU FUI \o/
EU FUI NA BIENAL!!!
Vocês nem imaginam o quanto eu sonhava em poder participar de uma Bienal, todos os anos eu ficava em cólicas acompanhando todas as postagens de blogueiros e editoras. Mas sempre acontecia algum problema que impedia minha participação… ou falta de $$, ou doença, ou compromisso de trabalho.
Mas em 2014 eu finalmente consegui me organizar e partir para Bienal nos dias 22, 23 e 24 de Agosto! E no geral eu me senti vivendo um sonho, todas aquelas pessoas, o cheiro de livro para todo lado, o encontro com gente que eu só conhecia na blogosfera; foi incrível!
É claro que teve muita bagunça e desorganização, até demais para um evento daquele porte. As filas para entrar estavam um loucura, um empurra-empurra sem fim até mesmo para quem tinha credencial. Não havia separação para o acesso às portas e vi muita criança e idoso sendo apertados e empurrados pela multidão.
Aliás, fila era a palavra da Bienal: tinha fila para entrar, para retirar senha de autógrafo, para comer, para entrar os estandes, para pagar, para ir ao banheiro (essa era a pior, levei quase duas horas!). Logo caiu o sinal da internet e do celular e o plano de postar tudo para você, ao vivo, pelo Instagram e Twitter foi por água abaixo! Consequentemente, as máquinas de cartão também não funcionavam, o que salvou meu orçamento mas que deve ter feito muitos estandes perder vendas.
Outra coisa que me incomodou bastante foi ver que em alguns estandes os vendedores não entendiam absolutamente nada de livros. Não conheciam títulos, enredo, autores e davam muitas informações erradas aos compradores. Eu do lado quase surtava e acabei me metendo em uma ou duas conversas. Tá, talvez tenha sido uma pouco mais que isso e talvez muito provavelmente, não tenha agradado a vendedora, mas é muito mais forte do eu! kkk
Percebi também a presença de muito poser. Gente se dizendo mega fã de Cassandra Clare mas que não sabia o título dos livros ou quem era Magnus Blane, fala sério!
Falando nisso, conheci muito blogueiro que se acha estrela e isso me deixou muito triste. Cheguei ao encontro na sexta, dia 22, achando que ia conhecer pessoas, trocar ideias e talvez até fazer alguns amigos, mas não foi bem assim. Senti resistência por parte de alguns, como se fossem parte de um grupo seleto ao qual eu não era bem vinda. Acabei conhecendo muito mais blogueiros nos estandes e filas de autógrafos do que no encontro em si.
Falando em autógrafos, conhecer os autores foi a melhor parte! Foram todos muito fofos comigo, tão simpáticos e abertos que conseguiram fazer o momento que passei com eles inesquecível. Tietei feito louca pela Bienal!
Quanto as compras, confesso que surtei um pouco. Os preços não eram lá os mais atrativos, mas disso eu já sabia. O problema é que é muito difícil ver tanto livro junto e se controlar! A minha sorte é que não dava para passar cartão, senão tinha feito um rombo espetacular no meu orçamento! kkkk
Outro coisa que me chamou muito a atenção foi a quantidade de adolescentes por lá, eles eram a maioria. O meu olhar de professora se deleitava em ver tantos meninos e meninas se divertindo em um envento literário. Eram olhos brilhando, gritinhos, pulinhos e até choro pelos seus autores favoritos, especialmente Cassandra Clare. Fiquei totalmente encantada em ver cabecinhas jovens se rendendo à leitura, se divertindo na Bienal como se estivessem em um shopping, parecia um mundo de sonhos para mim.
Uma pena que os organizadores da Bienal tenham errado tanto com a organização e a infraestrutura do evento. Parecia que não estavam preparados para a presença de tantos jovens e não sabiam como lidar com as peculiaridades do comportamento deles. Adolescente é emotivo: grita, chora, faz drama, parece que o mundo vai acabar se eles não conseguirem o autógrafo ou a foto com o autor preferido, portanto era óbvio que haveria comoção em alguns eventos. Mas a organização preferiu simplesmente ignorar o fato e o que se viu foi toda aquela confusão e tumulto na sessão de autógrafos da Cassandra Clare, Kiera Cass e no evento com a Pâmela Gonçalves (Garot It) e Tatina Feltrin. Era elementar que os adolescentes viriam aos bandos para vê-las!
É preciso entender que o Brasil não é mais um país onde não se lê. Depois do boom que a literatura infanto juvenil passou com Harry Potter, Crepúsculo e outras sagas voltadas para o público jovem, era de se esperar que eles comparecessem ao evento. O que eu não imaginava era que a Bienal Internacional do Livro de 2014 era organizada por pessoas que não tinham essa noção, como ficou claro nessa declaração de um dos organizadores que afirmou não ver os problemas com algo negativo. “Não imaginávamos que ainda haveria tantos jovens interessados por livro. Isso não é um show de rock.” Oi?
(Fonte)
Uma pena que ele pense assim… eu particularmente adoro a ideia de uma Bienal parecida com um show de rock!
Apesar de todos os problemas, eu simplesmente amei participar da Bienal. Foi uma experiência inesquecível para mim estar em meio a autores, editoras, blogueiro e leitores. Se eu iria de novo? Agora!
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