O Voo da Libélula - Michel Bussi


BUSSI, Michel. O Voo da Libélula. Tradução: Fernanda Abreu. São Paulo: Arqueiro, 2015. 400 páginas. Título original: Un avion sans elle. Skoob.

Sinopse
“Agraciado com 4 prêmios na França, entre os quais o Prix Maison de la Presse e o Prix du Roman Populaire, O voo da libélula teve seus direitos vendidos para 25 países e ganhará uma adaptação cinematográfica.
Na noite de 23 de dezembro de 1980, um avião cai na fronteira entre a França e a Suíça, deixando apenas uma sobrevivente: uma bebê de 3 meses. Porém, havia duas meninas no voo, e cria-se o embate entre duas famílias, uma rica e uma pobre, pelo reconhecimento da paternidade.
Numa época em que não existiam exames de DNA, o julgamento estende-se por muito tempo, mobilizando todo o país. Seria a menina Lyse-Rose ou Émilie? Mesmo após o veredicto do tribunal, ainda pairam muitas dúvidas sobre o caso, e uma das famílias resolve contratar Crédule Grand-Duc, um detetive particular, para descobrir a verdade.
Dezoito anos depois, destroçado pelo fracasso e no limite entre a loucura e a lucidez, Grand-Duc envia o diário das investigações para a sobrevivente Lylie e decide tirar a própria vida. No momento em que vai puxar o gatilho, o detetive descobre um segredo que muda tudo. Porém, antes que possa revelar a solução do caso, ele é assassinado.
Após ler o diário, Lylie fica transtornada e desaparece, deixando o caderno com seu irmão, que precisará usar toda a sua inteligência para resolver um mistério cheio de camadas e reviravoltas.
Em O voo da libélula, o leitor é guiado pela escrita do detetive enquanto acompanha a angustiada busca de uma garota por sua identidade.”

Não faço segredos de que não sou fã de livros policiais. O clima de suspense sempre me angustia e detesto violência, assassinatos e coisas assim; acho que a vida real já está dura demais então sempre procuro ler coisas mais amenas. Mas isso sempre me incomodou um pouco, porque tenho tantos amigos que amam, elogiam demais o estilo e eu quero começar a ler também. Por isso, solicitei o Voo da Libélula para a editora Arqueiro, pois sabia que mesmo sendo uma trama policial, a história é mais leve e serviria perfeitamente para minha introdução no gênero. E não me enganei.

Depois da queda do Airbus que fazia a rota Istambul-Paris, em 22 de dezembro de 1982, a vida de duas famílias se viu totalmente abalada, e não só pela perda de seus parentes. A única sobrevivendo, uma bebê de três meses poderia ser tanto Lyse-Rose Carville quanto Émilie Vitral, e começa uma intensa batalha judicial para decidir sobre a identidade da criança. Sem saber como tráta-la, a imprensa começar a chamar a criança de Lylie, uma junção de Lyse com Émilie. Mesmo depois do veredicto, a dúvida ainda paira e o detetive particular Crédule Gran-Duc é contratado para tentar elucidar o caso. Ele tem dezoito anos para descobrir a verdade, não importa qual seja.

Mas passados os dezoito anos, ele não conseguiu chegar a conclusão alguma. Abalado emocionalmente, Gran-Duc está disposto a tirar a própria vida quando descobre a solução do caso no jornal do dia do acidente. Ele deixa toda sua investigação descrita em seu diário, que ele manda entregar para Lylie e logo depois é assassinado. A garota, ao ler o diário fica transtornada e desaparece e deixa o caderno com seu irmão Marc, que precisa refazer os passos de Gran-Duc para conseguir encontrar a irmã e descobrir sua verdadeira identidade.

Não dá para falar muito sobre a história porque não quero spoilers na resenha, mas são muitas as dúvidas que pairam na leitura, além da da identidade de Lylie. Quem matou Gran-Duc? Qual a relação entre Marc e Lylie? O que motivou os Carville a essa busca incansável pela verdade? O que realmente aconteceu a Pierre Vitral, avô de Émilie? É tanta coisa que a gente tenta entender durante a leitura que fica quase impossível largar o livro. Toda vez que fazia um intervalo na leitura, ficava elaborando teorias mirabolantes para solucionar o caso, e quase consegui!

A narrativa é intensa, mas bastante fluída, e se divide entre a busca de Marc pela verdade e o diário de Gran-Duc. Isso nos permite conhecer melhor todos os personagens, que são muito bem construídos. Entretanto, os primeiros dois terços do livro é meio arrastado e parece que nada acontece, enquanto o final é bem corrido e vocês sabem o quanto detesto quando isso acontece com os livros. O autor quis segurar o suspense até o fim e acabou errando um pouquinho a mão e a leitura se arrastou por mais tempo que imaginei.

Como livro introdutório para o universo do romance policial, acredito que esse livro cumpra bem o seu papel. Tem um suspense leve e uma trama relativamente fácil de solucionar. Mas quem gosta do gênero e está acostumado a esse tipo de leitura, imagino que vá se decepcionar um pouco. Mas mesmo assim não desestimulo a leitura, pois para mim que nunca curti o estilo foi uma experiência bem interessante.

O Autor

Michel Bussi já ganhou 15 prêmios literários e foi finalista de outras 9 premiações, tornando-se um dos mais prestigiados autores policiais franceses. Quando não escreve, atua como professor de geografia na Universidade de Rouen e como comentarista político.


Avaliação (3/5)





B-jussss! ♥
;-p

9 comentários:

  1. Oi Nina, eu não conhecia o livro ainda, mas fiquei bem feliz de saber dele agora. Sou uma grande fã de romances policiais, com certeza vou atrás desse para ler :D

    Beijos

    http://www.oteoremadaleitura.com

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  2. Olá Nina! Acho essa capa linda, coloquei ele na lista dos que pretendo ler! Amei a resenha.
    Abraços!
    http://coisasdeumleitor.blogspot.com.br/

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  3. Oi Nina, fico muito feliz que você tenha sentido vontade de ler esse gênero que amo. E o amo justamente, por essa coisa que te prende e que te faz não largar o livro até desvendar tudo. Talvez o autor tenha sido falho em deixar tudo pro final, realmente. O bom é descobrir um pouco a cada capítulo. Mas nem sempre os romances policiais são sangrentos e cheios de morte, as vezes acontece uma morte no início e o resto é a parte misteriosa que seria desvendar o crime, por exemplo. Recomendo Harlan Coben, que foca mais nas sensações e no mistério do que no crime em si. Adorei a resenha e esse livro já está na minha lista. Bjs

    http://territorio6.blogspot.com.brrgunta.html

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  4. Amiga olha para ser sincera eu também estou no momento de ler livros mais leves

    e eu comprei esse livro por causa disso, pois achei a sinopse bastante interessante e agora lendo a sua resenha me convenci de que posso ler tranquilamente, porque eu também não gosto muito dessas coisas de matança e tudo mais. Acho que pensamos iguais nesse sentido, porque já é tanta violência como vc disse que a gente já fica impressionado o que acontece na realidade, imagina na ficção né? Mas mesmo assim gostei de todo o mistério que aborda esse livro. Espero gostar e que não seja muito forte, porque estou com receio também de fazer a leitura. Se for me avise, porque gostaria muito de saber viu?! Parabéns pela sua resenha. Muito bem escrita =]

    http://lovereadmybooks.blogspot.com.br/2015/04/novidade-lancamento-minha-vida-dava-um.html

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  5. OI Nina!

    Eu adoooooro esse tipo de livro!! Você tava falando bem do livro e eu fui ficando animada, mas no final você diz que quem gosta do gênero vai se decepcionar... Poxa, é um dos meus generos preferidos, espero não me decepcionar muito com ele, porque a sua resenha me deixou animadíssima *----*

    Beijos

    LuMartinho

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  6. Linda já tem postagem nova em meu blog.

    Uma é sobre a parceria e outra uma resenha muito bacana que vale a pena conferir.

    Estou comentando em duas postagens hoje. Se vc atualizar eu virei retribuir seguidamente ok? =]

    http://lovereadmybooks.blogspot.com.br/2015/04/resenha-filhos-de-lilith-o-despertar.html

    http://lovereadmybooks.blogspot.com.br/2015/04/nova-parceria-editora-petit-e-editora.html

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  7. Oi Nina!

    Apesar de nunca ter lido nada do gênero, sei que adoro porque meus filmes preferidos tem sempre esse toque de mistério e suspense, sabe?

    Adorei sua resenha, e gostei muito do livro, acho que serviria bastante para mim, que também quero entrar nesse gênero policial.

    Espero não solucionar tudo rápido demais quando ler, haha!

    Beijos

    http://ummundochamadolivros.blogspot.com.br/2015/04/resenha-ligeiramente-maliciosos-por.html

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  8. Nina, eu também não sou adepta do gênero policial, mas pelo que você falou na sua resenha acho que também daria uma chance para tentar me aventurar nesse gênero.


    Lisossomos

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  9. Eu sou amante do gênero, adoro mistérios e apesar do que disse no final, irei por esse livro na minha lista. A trama parece interessante, e mesmo que não seja complexa comparada a outros livros do gênero, parece uma leitura agradável.

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