Véu do Tempo - Claire R. McDougall


MCDOUGALL, Claire R. Véu do Tempo. São Paulo: Editora Jangada, 368 p. Título original: Veil of Time. Skoob.

Sinopse
“A medicação para a epilepsia mantém Maggie num estado permanente de torpor, mas não consegue aliviar sua dor por ter perdido a filha em decorrência da mesma doença. Com o fim do seu casamento e o filho mais velho num colégio interno, Maggie se muda para uma casa de campo nas ruínas de Dunadd, o local histórico que um dia foi a sede da realeza da Escócia.
Tudo muda em sua vida após uma convulsão, e Maggie desperta num vilarejo dentro dos muros da Dunadd do século VIII. Mesmo sem saber se isso é realidade ou apenas uma alucinação causada pela doença, ela é atraída pela presença de Fergus, irmão do rei e pai de Illa, uma menina que tem uma semelhança impressionante com a sua falecida filha. Mas, com as demandas do presente chamando-a de volta, conseguirá Maggie deixar para trás o príncipe escocês que já a chama de meu amor?”

Este ano tem sido cheio de novidades aqui no blog, e a maior delas foi ter passado na seleção de parceiros do Grupo Editorial Pensamento, me inscrevi sem pretensões e fiquei muito feliz por ter conseguido. Logo chegou o primeiro pacote e dentro dele veio, além de vários mimos, uma edição de Véu do Tempo e já vibrei de alegria. Vocês sabem o quanto amo viagem no tempo e logo associei a história de Maggie com a de Claire, de Outlander, e mergulhei na leitura cheia de entusiasmo. Claro que não esperava que o livro fosse igual à Outlander, e talvez por não ter criado tantas expectativas, consegui aproveitar bastante a leitura.

Maggie teve a vida devastada pela epilepsia, a mesma doença que tirou a vida da sua filha. Sem saber lidar com tanta dor, ele se fecha para família e acaba afastando o marido e o filho. Sozinha, ela se muda para o campo, para a cidade história de Dunadd, onde pretende pesquisar sobre a caça às bruxas que aconteceu naquela região durante a Inquisição e para isso, ela conta com Jim, um vizinho que lhe conta histórias antigas do lugar. Entretanto, as convulsões estão cada vez mais frequentes e um dia, logo após uma violenta crise, ela acorda no século VIII. Tudo então se torna muito nebuloso na vida de Maggie e ela não sabe mais se está sonhando ou se realmente se teletransportou para o passado.

No passado, ela conhece Fergus, o atraente irmão do rei, e sua filha Illa, que é incrivelmente parecida com a filha que Maggie perdeu. Não demora até que ela se apaixone por Fergus e deseje mais estar passado do que no presente. No tempo atual, a histórias de Jim se misturam às viagens que ela tem faz ao passado, e ela começa a temer que tudo não passe de alucinações.

Com as crises cada vez mais frequentes, Maggie tem uma cirurgia marcada que promete curá-la da epilepsia. Mas isso significa nunca mais poder voltar para Fergus e Illa, ao mesmo tempo em que, no presente, seu filho precisa dela e Maggie tem pouquíssimo tempo para decidir qual caminho seguir.

O livro é narrado sob a perspectiva de Maggie e os capítulos vão se alternando entre passado e presente. Com um enredo muito envolvente e uma narrativa leve e fluída, é difícil não se envolver com a história. Os personagens são muito reais e bem construídos, especialmente Maggie. Ela é uma mulher forte e que precisa enfrentar duas coisas diante das quais muita gente sucumbiria: a doença e a morte de um filho. E o pior é que ela ainda se culpa, porque acredita que é responsabilidade sua a doença que matou sua filha, que a menina herdou o problema dela. Ela ainda enfrenta o fim do casamento e distância do filho com muita resiliência e, quando tem a chance de reconstruir a vida e encontrar o amor, ela tenta encontrar o caminho que vá deixar o menor número de pessoas machucadas.

Me emocionei muito com a história, com os problemas e desafios que perpassam a história. É claro que as comparações com Outlander são inevitáveis, já que as duas obras falam de viagem no tempo, mas as semelhanças são bem poucas. E se você gosta desse tipo de livro, com certeza vai amar Véu no Tempo.

A Autora

Claire R. McDougall, natural da Escócia, formou-se na Universidade de Oxford e mora agora em Aspen, no Colorado, com a família. Depois de começar cedo como colunista de jornal, sua carreira em criação literária aventurou-se pela poesia e pelos contos até se estabelecer nos romances sobre o seu país de origem. Visite sua página na web: www.clairemcdougall.com

Avaliação (4/5) 






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5 comentários:

  1. Olá!

    Não sou fã de Outlander, mas essa história me pareceu mais crível, me interessei mais por essa, então pode ser que eu dê uma olhadinha nela mais pra frente.

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  2. Oii, tudo bem?
    Quando li a sinopse logo associei a história a Outlander tbm, e confesso que não sou muito fã de repetições em histórias. Mas acho que o diferencial desta é a epilepsia sa protagonista e o fato de ela não saber se o que tá acontecendo é real ou alucinação.
    Enfim.. Me interessei pelo livro e vou procurar pra ler.
    Beijos

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  3. Oi Nina, tudo bem?

    Não conhecia o livro, mas já fiquei muito curiosa para conhecer essa história, pois me parece que ela é extremamente forte e linda. Eu comecei a ler Outlander e confesso que parei no início ainda, a quantidade de páginas me assustou.
    Eu adoro livros com viagem no tempo, então a possibilidade de eu gostar desta leitura é bem alta. Já quero ler e ver que decisão essa personagem que foi tão judiada da vida irá tomar!

    Beijos!

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  4. Eita!
    Já gostei da sua associação com Outlander, também adoro viagens no tempo desde que li "O Mapa do Tempo" de J. D'Palma.
    Então é claro que vai pra lista.
    Bjs

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  5. Também sou super fã de histórias que envolvem viagens no tempo. Achei essa bem diferente por usar a epilepsia como catarse da viagem. Lembrei terrivelmente de Perdida (Carina Rissi) quando li que a personagem não queria mais voltar ao presente rsrs... Parece ser mesmo uma boa leitura! Anotado!

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