A Guerra dos Mundos - H. G. Wells


WELLS, H. G. A Guerra dos Mundos. Tradução Thelma Médici Nóbrega. Rio de Janeiro: Suma de Letras, 2016. 312 p. Titulo original: The war of the worlds. Skoob. Comprar.

Sinopse

Eles vieram do espaço. Eles vieram de Marte. Com tripés biomecânicos gigantes, querem conquistar a Terra e manter os humanos como escravos. Nenhuma tecnologia terrestre parece ser capaz de conter a expansão do terror pelo planeta. É o começo da guerra mais importante da história. Como a humanidade poderá resistir à investida de um potencial bélico tão superior? Publicado pela primeira vez em 1898, A guerra dos mundos aterrorizou e divertiu muitas gerações de leitores. Esta edição especial contém as ilustrações originais criadas em 1906 por Henrique Alvim Corrêa, brasileiro radicado na Bélgica. Conta também com um prefácio escrito por Braulio Tavares, uma introdução de Brian Aldiss, membro da H. G. Wells Society, e uma entrevista com H. G. Wells e o famoso cineasta Orson Welles - responsável pelo sucesso radiofônico de A guerra dos mundos em 1938 -, que fazem desta a edição definitiva para fãs de Wells.

Olá!! Nana G. aqui de volta para mais uma resenha de ficção cientifica! Eeeee!!!

Para quem vem acompanhando minhas últimas resenhas sabe que desenvolvi um gosto pela ficção cientifica e tive o prazer de ter em cortesia pela Suma das Letras A guerra dos mundos de H. G. Wells para ler.

Minha última leitura de H. G. Wells foi A Máquina do Tempo, que tem resenha aqui no blog, e nem preciso falar que ele é genial. Precursor de temas pouco discutidos na literatura, especialmente em sua época, Wells não teve toda a visibilidade e fama que deveria, especialmente por trazer temas tão novos.

A história de A Guerra dos Mundos pode não ser novidade para muitos de vocês, afinal já saíram dois filmes baseados nesse livro, o segundo inclusive tem o famoso Tom Cruise como personagem principal.

Mas para quem nunca ouviu falar nessa história, vamos lá. Esse livro, narrado em primeira pessoa, conta a vivencia de um sobrevivente à um ataque de marcianos à Terra. Confundido com asteroides, as capsulas são vistas chegando a Terra de tempos em tempos, até esses marcianos com seus biomecânicos gigantes de tripés tentam facilmente conquistar a Terra.

Como a história é narrada em primeira pessoa, não temos uma visão mundial dos ataques, é tudo muito focado na Inglaterra. O que muitos acreditam ser uma falha de Wells, particularmente acredito tornar a leitura mais próxima da realidade, tornando o sentimento e familiaridade do que uma pessoa simples poderia fazer contra uma ameaça tão grande, mais natural e íntima.

Foi, inclusive, esse livro que foi adaptado em uma narrativa para uma rádio americana por Orson Welles (criador de Cidadão Kane - filme), e por mais que tenha sido falado que era uma ficção, muitos ouvintes acreditaram que estava acontecendo a invasão. No livro temos uma entrevista no final com Orson Welles e H. G. Wells onde eles falam um pouco sobre esse assunto. Essa entrevista é um daqueles bônus que a editora faz para nos agradar, e nesse livro além de ter essa entrevista, temos também um prefácio escrito por Braulio Tavares e uma introdução de Brian Aldiss, bastante esclarecedora, devo dizer.

São pequenas coisas que tornam o aproveitamento de um livro tão antigo (1898) e clássico ainda mais incríveis.

A história pode parecer, para os leitores atuais, algo muito batido, mas para quem vai começar a ler ficção cientifica por esse livro deve ter em mente que foi aqui que o tema começou e deve ter todo o respeito que Wells merece por sua inteligência e perspicácia sobre o assunto. O que eu poderia apontar como um ponto negativo nesse livro especifico, é que, diferente de como foi a minha sensação lendo A máquina do tempo, em A guerra dos mundos, a leitura é mais arrastada e a história um pouco mais lenta.

Sobre a edição, capa dura, com as ilustrações originais de Henrique Alvim Correa, de 1906, lindas e altamente colecionáveis. A folha é amarelada e as letras de bom tamanho. É um pouco pesado para ficar carregando por aí, mas um livro maravilhoso. Parabéns a Suma pelo trabalho, é um carinho para nós fãs.

Eu não vou entrar no mérito de falar sobre o significado político-histórico do livro ou sobre o que Wells quer falar nas entre-linhas, são assuntos que você pode achar na introdução deste livro ou na internet caso você queira saber mais sobre o autor e o pensamento ideológico de suas obras. Para você que quer começar a entrar no mundo da ficção cientifica, indicaria A máquina do tempo antes desse livro, até porque cronologicamente A máquina do tempo vem antes e da pra sentir uma leve mudança na evolução literária de Wells. Agora para quem já é fã desse tema, vocês vão se sentir em casa. É um livro clássico e incrivelmente bem escrito, com uma história de grande imersão.

Espero que tenham curtido a resenha e comentem o que acharam do livro caso já tenham lido, se não leram me falem o que esperam dessa leitura.

O Autor

H.G. Wells nasceu em 21 de setembro de 1866, em Bromley, Kent, e morreu em Londres, em 1946. Filho de um pequeno comerciante, teve de trabalhar desde cedo para ganhar a vida. Em 1883, conquistou um posto de aluno e professor-assistente na Midhurst Grammar School e, em seguida, obteve uma bolsa para estudar com o cientista e humanista Thomas Huxley. Chegou a dar aulas de biologia antes de se tornar jornalista e escritor profissional. Wells escreveu mais de uma centena de livros, entre romances, ensaios e textos educacionais. Nos últimos anos do século XIX, publicou obras que se tornariam pioneiras da ficção científica: A Máquina do Tempo (1895), A Ilha do Doutor Moureau (1896), O Homem Invisível (1897) e A Guerra dos Mundos (1898). No início do século XX tornou-se um defensor do socialismo e do progresso científico, além de um incentivador da igualdade de direito entre homens em mulheres.

Avaliação (4/5)




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