Sete Dias Sem Fim - Jonathan Tropper

TROPPER, Jonathan. Sete Dias Sem Fim. Tradução: Regina Lyra. São Paulo: Editora Arqueiro, 2014. 304 páginas. Título original: This is where I leave you. Skoob

Sinopse
“Judd Foxman pode reclamar de tudo na vida, menos de tédio. Em questão de dias, ele descobriu que a esposa o traía com seu chefe, viu seu casamento ruir e perdeu o emprego. Para completar, seu pai teve a brilhante ideia de morrer.Embora essa seja uma notícia triste, terrível mesmo é seu último desejo: que a família se reúna e cumpra sete dias de luto, seguindo os preceitos da religião judaica. Então os quatro irmãos, que moram em diversos cantos do país, se juntam à mãe na casa onde cresceram para se submeter a essa cruel tortura.Para quem aprendeu a vida inteira a reprimir as emoções, um convívio tão longo pode ser enlouquecedor. Com seu desfile de incidentes inusitados e tragicômicos, Sete dias sem fim é o livro mais bem-sucedido de Jonathan Tropper. Uma história hilária e emocionante sobre amor, casamento, divórcio, família e os laços que nos unem – quer gostemos ou não.”
Apesar de ter todos os elementos de uma tragédia (traição, divórcio, desemprego, funeral) esse livro é uma comédia, e como há muito tempo eu não lia nada do gênero, tratei de solicitar um exemplar na parceria com a Arqueiro.

Judd Foxman em poucos dias vê sua vida virar de cabeça para baixo: ele pegou a esposa na cama com seu chefe e agora ele está desempregado, morando em um porão e ela (a esposa) está grávida. Seu pai falece depois de meses lutando contra um câncer e seu último pedido é sua família cumpra todo o ritual do shivá. Ou seja, os quatro irmãos que há anos não se viam terão que passar sete dias juntos, na casa onde cresceram, casa esta que está caindo aos pedaços e cheia de problemas elétricos.

Judd, que há muito não conviva com a mãe e os irmãos, tem dificuldades em se adaptar a eles. A mãe é psicóloga, escreveu um livro de sucesso sobre a criação de filhos, e está sempre enfiada em vestidos curtos demais e decotes enormes. O irmão mais velho, Paul, cuida da decadente rede de material para construção do pai e vive remoendo mágoas do passado. Wendy, a única irmã, casou-se com um empresário que nunca tem tempo para ela e tem três filhos pequenos que tomam todo o seu tempo e a deixam louca. Phillip, o caçula, é irresponsável e inconsequente e ainda não encontrou seu caminho na vida, acabou de sair da prisão, está sem trabalho e aparece com uma namorada com a idade da mãe a tiracolo.

Para conseguir sobreviver aos seus problemas pessoais e aos sete dias com sua família maluca, Judd usa a melhor arma que tem: o sarcasmo, e é aí que a história se transforma em uma tragicomédia. Diálogos irônicos, situações incrivelmente cômicas e confusões sem fim é isso que você vai encontrar nesse livro e garanto a vocês que é risada na certa e em alguns, até algumas lágrimas discretas, já que a família está vivendo um momento propício a reconciliações e emoções afloradas. Rapidamente as coisas saem de controle: mágoas vem à tona, antigos amores são relembrados e segredos inimagináveis se revelam.

A narrativa em primeira pessoa traz o tom irônico e sarcástico de Judd e é difícil não nos divertir com a história. Os personagens são carismáticos, mesmo quando são mal humorados ou implicantes uns com os outros e é difícil não se identificar com essa família maluca. O livro é dividido em capítulos correspondentes aos sete dias da semana que eles passam juntos e com subcapítulos com os horários dos acontecimentos, e isso faz com que a leitura fique prática e dinâmica.

O que me incomodou no livro foi que eu esperava um amadurecimento maior dos personagens, é claro que as relações entre eles melhoram muito, mas não me pareceu satisfatório. Muitas das situações criadas permanecem sem solução e o final deixou várias pontas soltas, várias coisas ficaram por entender. Eu me apeguei tanto aos personagens que gostaria de saber mais como ficaram suas vidas depois do shivá. Um história tão bacana como essa merecia um final mais elaborado.

E para quem ainda não sabe, o livro foi adptado para as telonas, o filme estreou em novembro de 2014 e traz no elenco Jane Fonda, Tina Fey e Jason Bateman.



O Autor

Jonathan Tropper é autor de Plano B, Everything Changes, The Book of Joe e This Is Where I Leave You. Ele é casado e mora com a esposa, Elizabeth, e os filhos em Westchester, Nova York. Os direitos de adaptação de Como falar com um viúvo para o cinema estão sendo negociados com a Paramount Pictures. Para mais informações, acesse http://jonathantropper.com/ / Twitter @jtropper

Avaliação (3/5)





B-jusssss! ♥
;-p

13 comentários:

  1. Oi Nina!

    Gostei bastante da ideia do livro. Eu já tinha ouvido falar desse filme, e até tinha assistido o trailer, e agora que sei da existência do livro vou pesquisar mais sobre.

    Beijos!

    http://ummundochamadolivros.blogspot.com.br/

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  2. Nunca tinha visto esse livro e adorei a premissa, fiquei com muita vontade de ler. Faz muito tempo que eu também não leio allgo assim. Vai pra minha lista.

    Beijo

    tendadoslivros.com.br

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  3. Não leio muito comédias mas já quero ler antes de ver o filme.

    Que pena que o final não foi tão elaborado, quem sabe no filme é melhor

    Amei sua resenha ;)

    http://malucaspor-romances.blogspot.com.br/

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  4. Ahh! Eu simplesmente adorei a sua resenha! Não conhecia o livro ainda, mas agora estou louca para o ler!

    Adorei o tom de comédia que ele parece ter e ao mesmo tempo trazer algumas pendências e coisas que temos que mudar a tona.

    E o filme parece ser incrível!

    Beijos!

    http://paraisodasideas.blogspot.com.br/

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  5. Parece ser legal. Vou ler o livro e depois o filme :)

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  6. Não sou muito fã de comédias, mas parece ser uma história muito boa.
    Acho que daria uma chance.
    Uma coisa eu tenho certeza, esse Judd é meio azarado. kkk

    http://lisos-somos.blogspot.com.br/

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  7. Oii

    Quando olhei para capa pensei que fosse resenha de um filme haha, mas vou adorar assistir sim. Sua resenha ficou ótima que me deu uma vontade em ler *--*

    Quer participar da promoção de aniversário do Doce Literário?

    Leia: http://goo.gl/forms/Q42nZXNCx8

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  8. Oi Nina!!
    Que legal, adoro esse tipo de livro que tem tragédias que juntam pessoas que não se gostam para fazer alguma coisa juntos e adoro, também, sarcasmo! hahaha
    Fiquei com vontade de ler só pela sua resenha, mas o ponto negativo que você citou me deixou meio em dúvida. É pessimo quando os personagens não amadurecem durante o livro T_T
    Mesmo assim, vou procurar o filme e o livro para dar uma olhadinha!

    Beijos!

    http://lumartinho.blogspot.com.br/

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  9. Eu não sou a maior fã de livros com capa de filmes, mas nesse caso acho que ficou muito boa!!!!
    Ainda não li o livro e é um dos poucos de comédia que realmente pretendo ler (não sou muito de comédia, prefiro mais drama e tal), mas saber que falta um pouco de amadurecimento dos personagens me faz pensar um pouco antes de solicitar o livro...

    Beijinhos,
    Lica
    http://www.amoreselivros.com.br

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  10. Oie, Nina!
    Só pelas expressões nas caras desse povo dá pra ver que é uma comédia. E que comédia! Judd não tinha como ser mais azarado não? Fiquei curiosa pra saber como é a relação da namorada desse filho caçula ex-presidiário com a mãe dele em si. Elas têm a mesma idade? Nossa, que comédia! Hahahah Acho que esse tipo de livro é aquele não muito complexo que nem adianta a gente tentar questionar, né? Com certeza vou ver o filme, depois passo para o livro!
    Com carinho,
    Celly.


    http://melivrandoblog.blogspsot.com/

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  11. Não conhecia o livro, mas adorei sua resenha. É sempre bom ler uma comédia e pelo visto essa é uma das boas!!! Bjs

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  12. Oi! Outro dia quase vi o filme desse livro! Mas não me interessei o suficiente! Ainda não li o livro também, mas parece ser uma boa comédia! Beijos!


    http://alguns-livros.blogspot.com.br/

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  13. Oi Nina,
    Li Sete Dias Sem Fim sem expectativa nenhuma, e me surpreendi. Foi uma leitura leve e despretensiosa, mas que me envolveu bastante. Acho q a proposta do autor n era focar tanto em amadurecimento mas mostrar como o Judd iria lidar com todas aquelas situações...
    Preciso ver como ficou a adaptação do livro.
    Abraço,
    Alê
    www.alemdacontracapa.blogspot.com

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B-jussss! ♥
;-p