Bem Mais Perto - Susane Colasanti

COLASANTI, Susane. Bem Mais Perto. Ribeirão Preto, SP: Novo Conceito, 2012. 236 páginas. Título original: So Much Closer.
Avaliação (1 a 5) ♥ ♥ ♥ ♥ ♥

"Uma das coisas mais incríveis que pode acontecer é encontrar alguém que enxergue tudo que você é e não a deixe ser nada menos. Essa pessoa vê seu potencial, percebe as infinitas possibilidades e, através dos olhos dela, você começa a se enxergar da mesma forma: como alguém importante, alguém que pode fazer a diferença neste mundo." (p. 236)

Olá dears!
Sabe quando você nunca leu nada de um determinado autor, mas tem aquela impressão de que ele é bom? Aquela sensação de que o nome lhe é familiar e que, portanto, o texto também será? Essa era minha relação com Susane Colasanti, e quando soube do lançamento de Bem Mais Perto, fiquei ansiosa para ler, pois imaginei que iria adorar o livro. Um juvenil que se passa em Nova York, quer coisa mais perfeita? Mas infelizmente a realidade se mostrou bem diferente.

Brooke é uma adolescente que cresceu em Nova Jersey. Seus pais se separaram quando ela ainda era criança e desde então, ela nunca mais falou com o pai, que se mudou para Nova York. Não por falta de tentativas dele, mas a garota nunca se interessou em retornar os telefonemas. Sua mãe se tornou uma mulher amarga depois do divórcio e a relação das duas desmoronou. 

Ela está no último ano do ensino médio e há dois é completamente apaixonada por Scott, o garoto mais bonito e popular do colégio, que parece nem notar sua existência. Ela sabe que eles nasceram um para o outro, agora só falta Scott saber. E quando Brooke se decide a contar para ele, descobre que ele está de mudança para Nova York.

Então Brooke decide deixar tudo para trás, sua mãe e suas melhores amigas, para ir atrás de Scott em Nova York. Com a desculpa de que quer fazer o último ano em uma escola melhor, ela vai morar com o pai e descobre que nem tudo é tão simples como  ela imaginava. Seu pai passa tanto tempo trabalhando que eles mal se falam e, o pior, Scott já tem uma nova namorada na cidade.

* * * *

Preciso dizer o quanto toda esse história me pareceu absurda? Imaginem uma garota de dezessete anos que deixa sua casa e suas amiga para ir atrás de um garoto com o qual nunca falou!?! E o pior, para morar com um pai que ela não tem um bom relacionamento; na verdade, não tem relacionamento nenhum, já que eles não se falam há quase sete anos! Como um pai fica sete anos sem falar com a filha? Como uma mãe deixa uma filha adolescente se mudar assim, do nada?

Ok, eu sei que essas são questões familiares e que cada família tem sua loucura, mas mesmo assim, o livro não me convenceu. Principalmente por causa de Brooke, que sabe ser antipática como ninguém. Ela é mimada, convencida, e não enxerga nada além do próprio umbigo. Tanto que consegue magoar quase todos os poucos amigos que tem durante o desenrolar da história.

Os personagens secundários pouco aparecem e quase não são aproveitados. Isso porque a narrativa é em primeira pessoa e sobre a ótica de Brooke portanto quase não conhecemos as outras pessoas que estão ali. Como John ou Sadie.

E para piorar um pouquinho mais, a autora tratou todo o enredo de maneira muito superficial. Por exemplo, a Brooke tem um Q.I. muito acima da média, mas por não concordar com o sistema educacional, ela só tira notas razoáveis. Essa é uma questão que poderia ter aprofundado o enredo e criado algum tipo de discussão, mas a autora passou batido por isso. Ela também tem muita dificuldade no relacionamento com os pais, mas o tema mal foi abordado. John tem um problema de aprendizagem que se chama disgrafia, também daria uma história e tanto, mas ficou por isso mesmo.

E o final é tão abrupto e fácil que eu nem acreditei que terminou assim. Brooke dorme imatura e acorda adulta, simples assim!

Mas o livro também tem seus pontos positivos, como as descrições da cidade de Nova York com todos os seus encantos. Deixa o leitor muito curioso e com vontade de conhecer a cidade, ainda mais se for uma anglófila como eu.

Claro que essa é a minha opinião pessoal. Provavelmente, deve ter muita gente por aí que amou o livro e, por isso, eu não desaconselho a leitura para ninguém. Sempre tem aquela tarde em que a gente não tem nada para fazer e que um livrinho raso cai bem.

B-jussss! ♥
;-p


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