A Livraria 24 Horas do Mr. Penumbra - Robin Sloan


SLOAN, Robin. A Livraria 24 Horas do Mr. Penumbra. Ribeirão Preto, SP: Editora Novo Conceito, 2013. 288 páginas. Título original: Mr. Penumbra's - 24 hour bookstore.

Avaliação (1 a 5) ♥ ♥ ♥ ♥

"Se quisesse que uma mensagem durasse, como você faria? Você a esculpiria em pedra? Gravaria em ouro?
Criaria sua mensagem de modo tão potente que as pessoas não resistiriam a passá-la adiante? Inventaria uma religião em torno dela que, talvez envolvesse as almas das pessoas? Você criaria uma sociedade secreta?" (p. 271)

Eu estava tão empolgada com esse livro!
Uma capa linda, um enredo cativante... e uma decepção enorme!


Jay Clannor é um web designer desempregado, que para poder pagar suas contas, aceitou um emprego de atendente na livraria 24 horas do Mr. Penumbra, no turno da noite. Um trabalho fácil que só tinha duas regras, estar lá das 22 às 6 hs da manhã, sem atrasos ou pedidos para sair mais cedo, e nunca ler o conteúdo dos livros que ficavam na parte de trás da livraria, ou Catálogo Pré-histórico, como Jay o chamava.

Os pouquíssimos clientes que Penumbra tinha deixavam o trabalho mais fácil ainda, até mesmo entediante. A maioria era compostas por pessoas bem estranhas, que trocavam livros do Catálogo Pré-histórico, como uma espécie de clube do livro. A única coisa que Jay precisava fazer era anotar tudo em um livro-caixa: o código do cliente, sua aparência, estado de espírito, suas vestimentas, tudo.

O trabalho vai se desenrolar muito bem, até que um dia - ou noite, rsrs - um amigo vai convencer Jay a folhear um dos livros e ele vai descobrir que todos escritos em uma espécie de código. Eles começam uma investigação e vão acabar descobrindo uma antiga sociedade secreta em busca de segredo escondido entre aqueles livros.

* * * * *

Esse livro tinha tudo para ser um sucesso estrondoso. O tema é livros, (existe tema melhor para uma bookaholic?) e ele faz um paralelo entre antiguidade e tecnologia, e seus usos na busca pelo conhecimento. Jay é um web designer que vai usar todo seu conhecimento tecnológico para conseguir desvendar um mistério secular. Enredo ótimo, não é? 

E estava indo tudo muito bem no primeiro terço do livro, mas de repente o autor se perdeu muito na história e tudo deixou de fazer sentido. As situações, mistérios e personagens ficaram tão clichês e tão previsíveis, que a leitura começou a se arrastar.

Começou a ter um culto em torno do Google quase insuportável. O autor fala da empresa como se ela contivesse todas as respostas do mundo e a capacidade de responder a todos os enigmas e os personagens que trabalham lá são descritos de maneira bem esteriotipada e forçada.

E já que estamos falando dos personagens, os que não estão esteriotipados são bem medianos. Ou seja, você não sabe nada deles além do estritamente necessário para o desenvolvimento da história. Por um lado isso é bom, já que a leitura flui mais rápida, mas por outro, não permite muita identificação com eles.

Resumindo, é uma leitura bem mais ou menos, nada que vá te marcar para o resto da vida. Acho que fiquei esperando muito do livro, e o enredo foi tão mal desenvolvido que me chateou, entendem? É como esperar ver um dragão e encontrar uma lagartixa, rsrs.

B-jusssss! ♥
;-p


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