Como ser solteira - Liz Tuccillo


TUCCILLO, Liz. Como ser solteira. Tradução Alda Lima. Rio de Janeiro: Editora Record, 2016. 434 páginas. Título original: How to be single. Skoob.

Sinopse
“Julie Jenson tem 38 anos, é assessora de imprensa em Nova York e solteira — há quase seis anos. Em uma fria manhã de outubro em Nova York, ela recebe um telefonema histérico da amiga Georgia, cujo marido decidiu trocá-la por uma brasileira professora de samba. Georgia então convence uma relutante Julie a convidar suas amigas solteiras para uma noite só de meninas. Afinal, as solteiras se divertem muito mais, não é mesmo? Bem... não nessa noite. Muitos martínis depois, elas acabam em um hospital e Julie percebe que, definitivamente, não estão se divertindo tanto assim: Alice, defensora pública, pediu demissão para se dedicar a encontros em tempo integral; Serena está tão preocupada em se encontrar espiritualmente que não tem tempo para procurar sua alma gêmea; e Ruby, bonita e emotiva, está há meses sofrendo pela morte de seu gato. Então, cansada das dificuldades e decepções da vida de solteira em Manhattan, Julie decide pedir demissão e sair pelo mundo para entender como as mulheres ao redor do globo lidam com esse complexo fenômeno da solteirice. De Paris ao Rio de Janeiro, de Sydney a Bali, passando por Roma, Pequim, Mumbai e Reykjavík, Julie se apaixona, fica com o coração partido, viaja pelo mundo e aprende muito mais do que poderia imaginar. Enquanto isso, em Nova York, suas amigas lidam com os próprios problemas: desastrosos encontros às escuras, compromissos sem amor, batalhas por custódia e dilemas de ser mãe solteira. Uma jornada na qual lutam para redefinir sua visão sobre amor, felicidade e sobre como se sentir completa. Um livro para fazer rir e chorar. Como a vida.”

Imagine organizar uma balada onde você reúna todas as amigas solitárias e perturbadas, regada com muita bebida e com o objetivo de buscar um novo rumo para suas vidas. Será que uma noitada dessas pode ter um fim que não seja catastrófico? Essa ideia estupenda é da publicitária Julie Jenson, e quando a balada acaba em um hospital, ela percebe que ela e suas amigas estão fazendo algo errado ao tentar viver sua solteirice. Assim, ela resolve viajar pelo mundo para pesquisar como mulheres de diferentes locais e culturas se relacionam e escrever um livro sobre o assunto. Enquanto isso, suas amigas tentam lidar com os problemas cotidianos.

Se essa não é a primeira vez que você visita o blog, já deve saber que amo chick-lit. Procuro ler todos que passam pelas minhas mãos e dificilmente me decepciono com algum. Quando vi que a Record ia relançar Como ser solteira por causa do lançamento do filme (sim, o livro foi adaptado para as telonas) corri ler, esperando um livro divertido, meio na vibe do trailer, mas não foi isso que encontrei. Na verdade o livro é até um pouco depressivo. Eu imaginei que Julie encontraria mulheres bem resolvidas, que lidavam com sua solteirice como opção e que entendessem que estar em um relacionamento não é pré requisito para se sentir feliz. Mas infelizmente, a maioria delas não é assim e parecem desesperadas para ter um homem suas vidas.

E é possível perceber esse desespero antes mesmo de Julie sair para sua viagem. Quase todas as amigas dela tem carreiras bem sucedidas e ainda assim sofrem demais por estarem sozinhas ou em relacionamentos fracassados. Se esse ponto tivesse sido levantado com humor talvez minha impressão tivesse sido melhor, mas do jeito que aconteceu, pareceu mais angustiante do que divertido.

Outro ponto que me incomodou muito foi a visão estereotipada das nacionalidades. Francesas liberais, italianas passionais, brasileiras infiéis e loucas por sexo… Achei que a autora poderia ter fugido um pouco desse clichê e mostrado uma visão mais ampla e positiva dos países citados, especialmente do Brasil.

Por outro lado, gostei de como Julie cresce durante a evolução da história, deixando de ser uma protagonista bem sem sal para se tornar um mulher madura e resolvida. Também gostei das situações engraçadas que são descritas no livro, dei muita risada com as loucuras da mulherada.

No geral, é livro é bom. É uma leitura leve, agradável e, se você não for uma feminista tão chata quanto eu, pode até se divertir lendo.

A Autora

Liz Tuccillo é coautora de Ele não está tão a fim de você e foi roteirista da série Sex and the City. Para tornar este livro ainda mais real, Liz viajou pelo mundo entrevistando homens e mulheres solteiros sobre suas vidas amorosas. Atualmente mora em Nova York.

Avaliação (3/5)






B-jusssss! ♥
;-p

15 comentários:

  1. Oi NINA!

    Que saudades de visitar o seu cantinhoooooo!!

    Eu acho que a maioria das mulheres fica sonhando em ter um namorado e quando você não tem um e fica de boa com isso (meu caso), as pessoas ficam te julgando demais, falando que você vai ficar para tia e blablabla. Normalmente, as mulheres não sabem lidar com sua própria solteirice de uma maneira natural!

    Enfim, apesar da sua resenha impecável, eu acho que não leria esse livro, acabaria ficando brava! hahahah

    Beijos

    LuMartinho | Face

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  2. Olá,

    Só gravei o feminista chata quanto eu...rs....brincadeira...mas eu sou chata, muiiiiiito chata mesmo...E confesso que pela sinopse rolou uma curiosidade de ler, mas eu não dou conta da visão geral que para ser feliz você precisa de um homem (ou mulher), talvez por eu ser uma mãe solteira bem resolvida, não que eu sempre tenha sido, mas enfim, não gosto da visão de que para ser completa eu preciso ter alguém, as pessoas são felizes juntas e não temos o direito de colocar essa responsabilidade em cima de alguém...bem, não é esse o ponto agora né...rs
    De qualquer forma, adorei sua resenha e seu ponto de vista e vou procurar ler mais sobre.
    Abraço,

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  3. Hello, tudo bem?
    Eu quase pedi esse livro Como ser solteira para editora.
    Ainda mais que ia estreia uma adaptação pro cinema, e optei pelo filme mesmo nesse tipo de historia.
    Uma pena que os personagens são dos mesmos, realmente é muito clichê.
    Bom saber que a Julie cresce durante a historia.
    Penso em ler depois que assistir e o filme e se eu gostar.
    Beijos.

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  4. Suzana Chaves Linhares17 de março de 2016 às 16:42

    Olá! A história me atraiu, fiquei.com vontade de ler. Só não gostei mesmo, quando você falou dos esterótipos, desnecessário né, poderia ter feito algo diferenciado. Enfim, seria um livro que eu leria. Beijos!
    http://livrosepergaminhos.blogspot.com.br/

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  5. bom, eu já não curto chick-lits e essa 'estereotipação' não me agradou, acredito que iria até me aborrecer com isso durante a leitura...
    enfim, dessa vez deixo passar a dica...
    bjs...

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  6. Olá, achei bacana a obra, ainda não tinha lido nada a respeito. Gosto de livros divertidos, certamente leria esse.

    Super beijo

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  7. Sou muito cuidadosa com os chick-lit que leio, não são todos os que me agradam... Este cheio de esteriótipos e depressão por ser bem resolvida profissionalmente e solteira, então... vai pro final da lista!... Mesmo com amadurecimento da personagem, vê-se que a autora tem lá suas cotinhas de preconceitos com outras nacionalidades.....
    bj!

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  8. Oii, tudo bem? Achei bacana e diferente essa obra,deixaria o feminismo de lado só para ler mesmo, eu nunca leio algo assim, então seria completamente inovador e surpreendente se acaso gostar. A premissa me causou uma certa curiosidade.
    Beijão

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  9. Nina, não sou fã de chick-lit, mas leio.
    Porém esse livro não me chamou atenção pela maneira como você disse que a autora mostra as mulheres, principalmente as solteiras.
    Passo longe.

    Lisossomos

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  10. Oi Nina, a ideia do livro não é ruim, mas acho que pelo que disse pecou muito na maneira que coloca as mulheres solteiras como loucas por homens a todo custo. E me sentiria mega ofendida lendo um livro que retrata brasileira como infiel e louca pt sexo, sei lá não sei se leria.
    Mas adorei a sinceridade da sua resenha, quem sabe mulheres mais relax acabem curtindo mais do que nós kkkkk
    Beijos 💋
    Giu

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  11. Olá!

    A ideia do livro é ate legal, mas toda a vontade que eu tinha de ler foi embora quando eu li que no livro esta presente visões estereotipadas de vários paises inclusive do Brasil. Infelizmente as pessoas gostam muito de estereotipar os lugares, principalmente os americanos, mas ai de quem os estereotipar hein??? Gostei muito de ler sua resenha, pois eu compraria este livro na inocência sem saber o que o que me esperava. Ótima sua resenha!

    Beijinhos!
    Cantinho Cult

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  12. Olha, quando vi o relançamento desse livro e soube que poderia solicitá-lo, a princípio me interessei. Mas fui pesquisar sobre ele e descobri sobre esse tratamento estereotipado das nacionalidades, e só isso fez com que eu desistisse da leitura, ia me irritar demais. E olha que eu nem sabia desse desespero da maior parte das mulheres retratadas para terem um homem em suas vidas. Definitivamente, não é pra mim.

    Beijo!

    Ju
    Entre Palcos e Livros

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  13. Catharina Mattavelli23 de março de 2016 às 11:18

    Oiiie
    eu estou louca para ler e assistir o filme, parece ser uma história engraçada e gostosa, eu tenho a edição antiga do livro e sempre quis ler. Adorei a resenha

    Beijos
    http://realityofbooks.blogspot.com.br/

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  14. Ao contrário de você eu não curto muito chick-lit. E esse livro não seria um que eu leria, geralmente livros desse gênero não me atraem. Eu já procurei por alguns títulos do gênero para ler, mas não gostei de nenhum. haha

    Ainda mais com você falando que é depressivo e que não chamou muito sua atenção, não me animo em ler.

    Beeijos, Erica Regina

    Blog Parado na Estante / Fanpage Parado na Estante

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  15. Olá, Nina. Eu sou o contrário de você, não consigo ler nenhum chick-lit, tentei ler dois e abandonei antes da página 100, já que achei as personagens bem fúteis. Irei assistir o filme deste livro, se eu gostar, futuramente irei ler o livro!

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Oi! Muito obrigada pela visita!
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B-jussss! ♥
;-p