A Maquina do Tempo - H. G. Wells
WELLS, H.G. A Máquina do Tempo. Tradução Braulio Tavares. Rio de Janeiro: Suma de Letras, 2018. 168 p. Título original: The time machine. Skoob. Comprar.
Sinopse
O primeiro e mais famoso livro sobre viagem no tempo chega em edição especial, com ilustrações inéditas, tradução primorosa e extras. Ao contar a história de um cientista inglês que embarca em uma fabulosa jornada a um mundo futuro, desconhecido e cheio de mistérios, H. G. Wells inaugura um dos principais temas da ficção científica.
A bordo de sua Máquina do Tempo, o cientista que narra esta história parte do século XIX para o ano de 802701. Nesse futuro distante, ele descobre que o sofrimento da humanidade foi transformado em beleza, felicidade e paz. A Terra é habitada pelos dóceis Eloi, uma espécie que descende dos seres humanos e já formou uma antiga e enorme civilização. Mas os Eloi parecem ter medo do escuro, e têm todos os motivos para isso: em túneis subterrâneos vivem os Morlocks, seus maiores inimigos. Quando a Máquina do Tempo que levou o Viajante some, ele é obrigado a descer às profundezas para recuperá-la e voltar ao presente.
Misturando uma imaginação singular, um tema inovador e muitas reviravoltas, A Máquina do Tempo foi o primeiro romance publicado por H. G. Wells, em 1895. Chamado de gênio e considerado um pioneiro, Wells abriu caminho não só para seus livros e sua visão de mundo, mas para novas possibilidades na literatura.
EDIÇÃO ESPECIAL COM ILUSTRAÇÕES INÉDITAS, TRADUÇÃO, PREFÁCIO E NOTAS DE BRAULIO TAVARES E EXTRAS.
Oioi Viajantes do tempo! Quem vos fala é Nana Garces e hoje vamos de clássico! Falaremos sobre H. G. Wells e a Máquina do Tempo, livro de 1895 que trata exatamente sobre o título, a viagem no tempo com uma máquina.
Este é considerado o primeiro livro na história que um protagonista criou uma máquina para viajar pelo tempo, mesmo que o assunto já tenha sido abordado por outros escritores anteriormente, mas nunca com a ideia de usar uma máquina para essa função.
Vamos a história! Nesse livro, o protagonista que se chama "o viajante do tempo" cria uma máquina baseado em conceitos matemáticos, onde o tempo seria uma quarta dimensão, e assim poderíamos viajar através dele.
O homem se dispusera a viver uma vida de tranquilidade e deleite explorando o trabalho duro de seus semelhantes. O homem usou o conceito de Necessidade como seu lema e sua desculpa, e agora a Necessidade se voltara contra ele.
A história, contada em primeira pessoa pelos olhos de um outro personagem e inicia-se com o protagonista falando a estudiosos de diversas áreas sobre o seu invento. Claro que a credulidade fala mais alto e o invento é recebido com desconfiança pelo grupo, assim, o viajante decide experimentar ele mesmo a máquina e parte para conhecer o futuro. Mas não um futuro próximo e sim algo muito longínquo, ele parte para 802.701 d.C, onde ele encontra um planeta quase irreconhecível, transformada em uma espécie de imenso jardim e coberta por habitações em ruínas.
A Terra agora é habitada pelos os pequenos e frágeis Eloi, seres de aparência humana mas de pequena compleição física e intelecto bem limitado, que passam os seus dias entretidos brincadeiras infantis. Ao mesmo tempo em que se encanta com os pequenos, o Viajante percebe que sua máquina do tempo desapareceu misteriosamente, e na tentativa de encontrá-la ele acaba se envolvendo com os mistérios do mundo do futuro. É durante suas investigações que ele descobre os Morlocks, habitantes do mundo subterrâneo, seres apenas vagamente humanos que durante a noite ascendem à superfície para caçar os Eloi. O Viajante do Tempo compreende então que a espécie humana se diferenciou afinal em duas espécies, e que para reaver a sua máquina do tempo terá de descer ao mundo inferior e enfrentar os Morlocks
Eu não pretendo contar como essa história segue, mas é importante para o leitor ter uma conhecimento mínimo do que vai encontrar. Além de ficção cientifica, esse livro traz o retrato da sociedade da época, seus dramas e medos, e o confronto cada vez maior entre capitalismo e socialismo. O enredo demonstra com clareza a influência de ideias como a seleção natural de Dawin (Wells era formado em biologia) e a luta de classes de Marx, e faz uma crítica feroz à sociedade industrial e às desigualdades sociais.
E tenho comigo, para o meu conforto, duas estranhas flores - agora ressecadas, escurecidas, amassadas e quebradiças - para testemunhar que, mesmo quando a inteligência e a força tiverem desaparecido, a gratidão e uma ternura mútua ainda viverão no coração dos homens. É uma lei da natureza, de que tantas vezes descuidamos: que a versatilidade intelectual é a nossa compensação por enfrentar as mudanças, os perigos, os problemas. Um animal em perfeita harmonia com seu ambiente é um mecanismo perfeito. A natureza nunca apela para a inteligência senão quando o hábito e o instinto são incapazes de resolver um problema. Não existe inteligência onde não existe mudança ou a necessidade de mudança.
Infelizmente, A Máquina do Tempo não tem o reconhecimento que merece como ficção científica, especialmente se comparado aos livros de Julio Verne, e a principal crítica que ele recebe é por ter poucas explicações. Mas pessoalmente, não senti falta de mais um cálculo matemático, o mérito de uma histórias de ficção cientifica está no mundo das ilusões.
É claro que eu não deixaria de indicar um clássico como esse, especialmente para aqueles que e adoram uma pegada fora do seu tempo, ainda que com uma pegada muito atual, e com todo um aporte cientifico de fácil entendimento. A capa dura do livro e todas as ilustrações facilitam ainda mais o entendimento e são belíssima. Meus parabéns a editora Suma por seu grande trabalho, e é isso aí gente!
Vão atrás que vale muitíssima a pena ter em mãos essa maravilha!
O Autor
H. G. Wells nasceu em 21 de setembro de 1866, em Bromley, Kent, e morreu em Londres, em 1946. Filho de um pequeno comerciante, teve de trabalhar desde cedo para ganhar a vida. Em 1883, conquistou um posto de aluno e professor-assistente na Midhurst Grammar School e, em seguida, obteve uma bolsa para estudar com o cientista e humanista Thomas Huxley. Chegou a dar aulas de biologia antes de se tornar jornalista e escritor profissional. Wells escreveu mais de uma centena de livros, entre romances, ensaios e textos educacionais. Nos últimos anos do século XIX, publicou obras que se tornariam pioneiras da ficção científica: A Máquina do Tempo (1895), A Ilha do Doutor Moureau (1896), O Homem Invisível (1897) e A Guerra dos Mundos (1898). No início do século XX tornou-se um defensor do socialismo e do progresso científico, além de um incentivador da igualdade de direito entre homens em mulheres.
Avaliação (5/5)
B-jusssss! ♥
;-p
Amo muito os livros dessa editora, a capa achei lindíssima.
ResponderExcluirEsse tema vai me fazer sair da zona de conforto, por não ser um tema que estou acostuma, ou me chame a atenção, mas gostei muito da resenha, por isso fiquei curiosa para saber um pouco mais sobre o livro.
Aceita Café?