Em Pedaços - Lauren Layne
LAYNE, Lauren. Em pedaços. Tradução Lígia Azevedo. São Paulo: Editora Paralela, 2018. 248p. (Recomeços, v.1). Título original: Broken. Skoob. Comprar.
Sinopse
Aos 22 anos, Olivia Middleton tem Nova York aos seus pés. Por fora, ela é a garota perfeita — linda, inteligente e caridosa. Mas por dentro ela guarda um segredo terrível: um erro que a afastou das duas únicas pessoas que realmente importavam na sua vida. Determinada a esquecer o passado, ela deixa Manhattan e vai trabalhar como cuidadora de um soldado recém-chegado da guerra. Mas o que ela não esperava era que seu paciente fosse um jovem enigmático de 24 anos tão amargurado quanto cativante.
Paul Landon está furioso — com o mundo, com a vida, com o seu pai e, acima de tudo, consigo mesmo. Depois de sofrer na pele os horrores da guerra do Afeganistão, a última coisa que ele quer é a companhia de uma princesa nova-iorquina linda, mimada e irritante. A presença de Olivia parece tóxica para Paul, mas ele não consegue afastá-la, mesmo tentando muito.
Por mais que lutem contra uma atração intoxicante, Paul e Olivia não conseguem se manter distantes. Agora, precisam decidir: eles vão ajudar um ao outro a curar as feridas do passado ou vão se manter, para sempre, em pedaços?
Amo New Adult! Amo tanto que nunca me canso deles, por mais que seus enredos pareçam clichês e repetitivos estou sempre disposta a ler mais um. Então, Lauren Layne já estava no meu radar tem um tempinho. só me faltava um tempinho para mergulhar em suas histórias. Isso, infelizmente, só aconteceu agora, mas já venho contar o que achei.
Olivia é a rainha de Manhathan, é linda, rica, inteligente e tem tudo o que quer na hora que quer. Mas ela dá um passo em falso e perde as duas pessoas que mais ama. Desnorteada, ela não lida bem com o fato de Ethan, o ex-namorado, estar resconstruindo a vida ao lado de outra pessoa e acha mais fácil fugir, então ela abandona a faculdade e vai prestar serviço comunitário no Maine, bem longe de seus problemas. Lá ela vai trabalhar como cuidadora de um soldado ferido na guerra. O que Olivia não imaginava é que esse soldado fosse um rapaz de sua idade.
Paul Langdon era o garoto popular na escola, jogador, lindo e rico. Mas um dia, cansado da mesmice de sua vida, ele e os amigos se alistam para a guerra do Afeganistão e ele é o único que volta vivo. Com o rosto deformado e a perna destruída, Paul vive preso a uma cama e é apenas a sombra do jovem brilhante que foi um dia. Ele vive atormentado por ter sido o único a sobreviver e tem raiva da vida, do pai e de si mesmo. Vive trancado em casa e já espantou seis cuidadoras, até que Olivia chega.
E ele iria espantar Olivia também se não fosse o ultimato do pai: ou ele fica com a moça por três meses ou perde a mesada. O problema é que ele usa o dinheiro para ajudar a família do melhor amigo que morreu na guerra e por isso está disposto a aturar o que vier. O que ele não esperava é que fosse um loira linda e sexy e nem que fosse se se sentir tão atraído por ela.
Como da primeira vez, a intenção do beijo é me punir.
Mas, se o outro beijo era um testando o outro, este tem a ver com domínio.
Paul está ganhando. Minha mente sabe muito bem que invadi seu espaço e privacidade, e esse homem ferido está tentando me ensinar algum tipo de lição com sua boca colada à minha.
De fato, é uma lição. Sobre desejo, principalmente. Porque, se minha cabeça registra que o beijo é feroz, meu corpo está sedento por ele. A sensação dos lábios de Paul se esfregando grosseiramente contra os meus dispara uma série de fogos de artifício dentro de mim.
Eu li tantos elogios a Mais que Amigos, livro da mesma autora, que tinha expectativas bem altas para Em Pedaços, mas fique bem decepcionada com o livro. O enredo prometia muito, especialmente por ser uma recontagem de A Bela e a Fera, mas acabei encontrando um romance raso e forçado.
Os protagonistas não têm química ou simpatia e seus dramas não me convenceram. A tragédia de Paul dispensa explicações, mas senti que as reações dele eram desproporcionais aos seu problemas, como se ele estivesse fazendo um dramalhão desnecessário para sua “deficiência”. Já a história de Olívia vai sendo contada ao longo do livro e quando descobri o que era achei bem ridículo, muito “pobre menina rica” entendem? Eu não consegui entender a necessidade de sua fuga, se ao menos tudo tivesse sido descoberto e virado um grande escândalo, tudo bem, mas nem isso aconteceu. Então por que fugir?
Outro ponto que me incomodou foi a atração miojo que eles sentem, no primeiro olhar um já está babando pelo outro. Eu até consigo entender a atração instantânea, o que eu não entendo é porque Olivia aceita tudo em nome dessa atração. Paul é grosso, a trata muito mal e só quer mergulhar na própria tristeza, e desconta toda sua frustração em cima da moça. E não tem uma justificativa para que ele a trate, afinal ele precisa que ela fique para não perder a mesada. Por outro lado, ela não precisa aturar o mau comportamento dele pois poderia muito bem ir “redimir o seu erro” com alguém menos insuportável.
Depois que o romance engrena, tudo acontece rápido demais. O Paul rabugento e que odeia o mundo, se transforma em Paul apaixonado e disposto a mudar por seu amor. O final é meio corrido e mal elaborado, gostaria que a autora tivesse caprichado um pouco mais nesse desfecho.
Enfim, o livro é fraquinho mas não é ruim de ler. Quem gosta do estilo pode ter bons momentos com ele, mas não tem nada que o destaque dos demais NA que já li.
A Autora
Autora best-seller na lista do New York Times, adora escrever comédias românticas. Ela mora em Nova York com o marido.
Avaliação (2/5)
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