Por Favor, Não Deixem a Dor Regressar - Darlan Hayek Soares

"(...) - As pessoas não aprendem nada minha irmã. As pessoas desaprendem as coisas à medida que crescem. Por que todos acham engraçado tudo que uma criança faz? Porque crianças são puras. Crianças não tem maldade no coração, não invejam, não desejam coisas fúteis(...) Mas ai o tempo passa e o que acontece? Elas vão crescendo e desaprendendo a dar valor ao que realmente importa."
Joel vem de um família pobre e batalhadora. Apesar de todas as dificuldades econômicas, seus pais não deixam que o essencial falte para ele e suas três irmãs, amor. Bernardo, seu pai, trabalha em uma fábrica de tijolos e faz questão de alimentar os sonhos de Joel em ser um grande escritor, até que ele é despedido e passa a fazer qualquer tipo de trabalho braçal para cuidar de sua família, negligenciando sua saúde. Doente e cansado, Bernardo falece prematuramente. Sozinhos, os filhos caem no mundo em busca de seus sonhos.

Anos passam e Joel se vê trabalhando na mesma empresa de tijolos que seu pai trabalhou e sendo explorado da mesma maneira. Seu sonho de ser um escritor falhou e seu livro foi recusado em todas as editoras que ele procurou. Desiludido, ele resolve ir visitar a mãe, que ele não via há tempos e a descobre abandonada pelos filhos e sofrendo com uma doença terminal. Ele reconhece que errou ao fugir do seu passado e tenta se reconciliar com as irmãs e descobre que uma delas se envolveu com drogas e está desaparecida. Coincidentemente, seu patrão o envia para a capital para trabalhar em um orfanato e Joel aproveita a oportunidade para procurar a irmã.

No orfanato, ele se encanta com a pequena Brunella, uma orfã adorável por quem ele vai sentir muito afeto. Porém a menina é sequestrada e Joel vai descobrir que outras crianças também estão desaparecidas. A noite, do seu hotel, ele escuta lamúrias e gritos agoniados e resolve descobrir o que está acontecendo e acaba ligando a origem dos gritos ao rapto de Brunella: um grupo de neonazistas que aterrorizam a cidade.

Eu tive muita dificuldade para ler esse livro, mesmo ele sendo tão pequeno (156 páginas). A narrativa me pareceu meio forçada e nada espontânea e eu demorei para conseguir encontrar um ritmo para a leitura. Os diálogos não me convenceram, pois são formais demais para o estilo informal e meio juvenil que o autor que passar no livro. Ninguém fala assim!

Os personagens são bem caricaturatos: a menina inocente, o patrão cruel, a mãe amorosa, o jovem trabalhador e explorado, etc. e os personagens secundário são pouco explorados. O autor peca na objetividade e deixa várias falhas na história, várias coisas sem explicar. E para piorar, toda a história do sequestro só acontece no final, portanto tem muita enrolação no começo.

A história é até boa, pena que não conseguiu me ganhar...

Essa resenha faz parte do Book Tour do Selo Brasileiro.



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