As Sete Irmãs - Lucinda Riley

RILEY, Lucinda. As Sete Irmãs. Tradução Elaine Cristina Albino de Oliveira. Ribeirão Preto, SP: Editora Novo Conceito, 2014. 560 páginas.

Sinopse
Meus dedos tocaram a selenita em meu colar. Tudo o que podia imaginar era que ele foi mandado comigo, como uma espécie de recordação, talvez por minha mãe, quando Pa Salt me adotou. Ele dissera, quando me deu o presente, que havia uma história interessante pode trás daquela joia... Ele esperava que eu perguntasse. E eu desejava com todo o coração, naquele momento, ter perguntado.

Agora que Maia e suas irmãs perderam o pai, cada uma delas tem em suas mãos a decisão de buscar ou não a verdade sobre sua família biológica. Maia não resiste ao chamado do passado e é atraída até o Rio de Janeiro, onde, auxiliada pelo escritor Floriano, irá mergulhar em uma história quase centenária. Nos anos 20, uma paixão devastadora entre uma aristocrata brasileira e um escultor francês é sufocada pelas convenções sociais. Uma pequena placa de pedra-sabão eternizou o amor de Izabela e Laurent, selando o destino de Maia.

A escritora best-seller Lucinda Riley mergulhou na cultura e na história do nosso país para conhecer de perto os mitos e verdades sobre a construção de um dos mais emblemáticos monumentos à nossa fé: o Cristo Redentor. O resultado dessa experiência é uma trama surpreendente e sensual, recheada de elementos exóticos. A partir do momento em que, junto com Maia, aterrissamos no Rio de Janeiro, não vamos nos separar dela enquanto não decifrarmos os segredos de seu passado. E esse é apenas o começo da viagem.
Pa Salt é um bilionário excêntrico e solteiro, que adotou seis meninas de diferentes partes do mundo e as batizou com os nomes das estrelas que formam a constelação da Plêiades e as criou na Ilha de Atlântis, um verdadeiros “castelo de conto de fadas” que ficas às margens do Lago Léman, na Suíça. Quando ele morre, deixa para as filhas pistas e instruções sobre suas origens, para que elas sigam se quiserem.

As Sete Irmãs faz parte de uma série de sete livros que Luicinda Riley escreverá, um para cada uma das meninas adotadas por Pa Salt. O primeiro é sobre Maia, a filha mais velha. De todas as irmãs, Maia é a única que não deixou a ilha e guarda um segredo que só é conhecido por Marina, a governanta da casa que a criou como uma mãe. Ela não tem interesse em conhecer suas origens mas um telefonema inesperado vai revolver seus segredos e faze-la fugir para o Brasil, mais especificamente para o Rio de Janeiro, local onde a pistas deixadas por Pa Salt apontam seu nascimento.

Aqui no Rio, com a ajuda de Floriano Quintela, um escritor brasileiro que Maia traduziu, ela vai chegar à Casa das Orquídeas e encontrar uma senhora que pode ser sua avó e é rejeitada por ela. Mas com ajuda de alguns objetos deixados por Pa Salt e da empregada que cuida casa, Maia vai desvendar a história de Izabela Rosa Bonifácio, sua suposta bisavó que viveu na década de 1920.

O que mais em encantou na história de Maia é que ela se passa na Brasil e a maneira como Lucinda Riley descreve nosso país é mágica, acho que nem mesmo nós brasileiros o vemos assim, com tanta poesia. A ideia do livro surgiu durante a Bienal de São Paulo de 2012, quando Lucinda visitou o Brasil e se encantou conosco. Depois, ela retornou em 2013 para fazer pesquisas sobre nossa história e cultura e tudo isso aparece no livro: o ciclo do café, a construção do Cristo Redentor, o samba, e até as favelas e a desigualdade social.

Enquanto Maia investiga seu passado, Lucinda nos guia por um mergulho na história do nosso país, na época das grandes fazendas de café - do seu auge ao declínio - e somos surpreendidos ao conhecer melhor Izabela, uma mulher bela, forte e muito à frente de seu tempo que vai viver uma paixão avassaladora. Porém ela ama e respeita sua família acima de tudo e entende as amarras que a prendem a convenções que ela não pode desprezar. Não será fácil para Bel decidir entre o amor e a razão.

Maia se parece muito com ela, tanto física quanto emocionalmente, mas as marcas de seu segredo fazem dela uma mulher retraída. Mas conforme ela vai conhecendo a história de sua bisavó, vai aprendendo a se abrir para a vida e para o amor.

Eu ainda não tinha lido nada da Lucinda Riley, mas durante a Bienal desse ano, me encantei com sua simpatia e bom humor, e principalmente, com a paixão de seus fãs por sua escrita. Lendo as Sete Irmãs consegui entender perfeitamente essa paixão e agora compartilho dela, rsrs. O livro tem uma escrita deliciosa, uma trama complexa, sensível e muito bem desenvolvida, personagens fortes e carismáticos e um final que nos deixa louco pelo próximo livro.

A Autora

Lucinda Riley nasceu na Irlanda e durante sua infância viajou por todo o Oriente. Assim que se mudou para Londres, começou carreira como atriz de cinema, teatro e televisão. Aos 24 anos, baseada em sua experiência com dramaturgia, escreveu seu primeiro livro. Sua paixão por História trouxe-lhe a inspiração para escrever romances que têm conquistado os primeiros lugares nas listas de leitura de todo o mundo. Vive entre os Estados Unidos e a França, com o marido e quatro filhos.

Avaliação (5/5)





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7 comentários:

  1. Gostei mto da resenha, achei lindo o layout do seu blog, o descobri por acaso e já tô seguindo! Bjus! http://livroarbitriodotco.wordpress.com/

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  2. EI Nina


    Preciso ler algo da autora, eu tenho 2 ou 3 já e não li nenhum oh céus! Eu preciso ficar sem meses sem receber livros novos hahaha
    bjs

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  3. DEUS!!DÁ VONTADE DE COMEÇAR A LER JÁ!!HISTORIA LINDA E INTRIGANTE..AMEI.

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  4. Nossa estou doida pra ler esse livro, parece ser ótimo, amei saber que a história se passa aqui no Brasil, já foi pra lista de desejados.

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  5. A Lucinda tem uma forma particular de contar a história, com muita emoção. Bom saber que se passa no Brasil, fiquei curiosa sobre a forma que ela vai retratar o nosso país, com um olhar estrangeiro. Ela sempre passa por aqui, né! Obrigada pela dica. Beijos!

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  6. Acho a Lucinda Riley uma das melhores escritoras da atualidade, ela sabe contar historias como ninguem, nos envolve, nos emociona e nos deixa totalmente envolvidas com os personagens sempre bem construidos! Eu to doida pra ler esse livro, ainda mais sabendo que a historia se passa no nosso pais e ela o descreve tão lindamente! Amei sua resenha e se voce não leu ainda A casa das Orquídeas, leia, eu me apaixonei pela historia!

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  7. Parece ser uma história envolvente, bem construída e fruto de uma boa pesquisa prévia (o que dá um ar mais verídico e interessante ao enredo).
    E é engraçado notar como as pessoas de fora conseguem enxergar o Brasil de uma forma mais bonita do que nós, que aqui vivemos. Eles romantizam nosso país, falando de coisas belas que possuímos e isso é bom, porque muitas vezes estamos focados demais nos problemas e esquecemos de nos valorizar enquanto povo.
    Só um comentário: acho que seria muito complicado viver numa casa com outras seis irmãs. Já quase enlouqueço numa casa com outros três.

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