Brilhantes - Marcus Sakey


SAKEY, Marcus. Brilhantes. Tradução André Gordirro. Rio de Janeiro: Editora Galera Record, 2015. 474p. (Brilhantes, v.1). Título original: Brilliance. Skoob.

Sinopse
“A partir de 1980, um por cento das crianças começou a apresentar sinais de inteligência avançada. Essa parcela da população, chamada de “brilhantes”, é vista com muita desconfiança pelo restante da humanidade, que teme a forma como esse dom será usado. Nick Cooper é um deles, um agente brilhante, treinado para identificar e capturar terroristas superdotados e levá-los para a custódia do governo. Seu último alvo está entre os mais perigosos que já enfrentou, um líder responsável pelo maior ataque terrorista dos últimos tempos e que pretende começar uma guerra civil. Mas para capturá-lo, Cooper precisa se infiltrar em seu mundo e ir contra a tudo o que acredita. Denominado pelo Chicago Sun-Times como o mestre do suspense moderno, Markus Sakey criou um universo ao mesmo tempo perturbador e incrivelmente semelhante ao nosso, onde um dom pode se tornar uma maldição.”

Sempre tive muita vontade de ler esse livro, mas muita muita mesmo! O enredo diferente com essa pegada Sci-fi despertou minha atenção, mas só agora consegui encontrar um tempinho para ele.

Em Brilhantes, Marcus Sakey criou um mundo meio distópico e meio fantasioso onde algumas crianças, por algum motivo genético desconhecido, nascem com uma inteligência acima da média e por isso são chamadas de Brilhantes, ou anormais. Elas não possuem poderes fantásticos como os X-Men, são apenas incrivelmente inteligentes. No começo o mundo ficou fascinado com os brilhantes mas, com o passar do tempo, essas pessoas passaram a ter vantagens sobre as normais e por isso o governo criou meios de controlá-las por meio de leis que limitam a atuação dessas pessoas, que as separam do convívio com as demais. Aos oitos anos as crianças são testadas e as consideradas classe um (que tem seus dons plenamente desenvolvidos) são levadas para academias onde são treinadas, por meio de tortura psicológica, a trabalharem para o governo. Na busca por igualdade, alguns brilhantes se unem em uma organização rebelde e o terrorismo toma conta do país.

Nick Cooper é brilhante, um dos primeiros a ser classificado, e é agente do DAR (Departamento de Análise e Reação - espécie de CIA). Seu dom é o de identificar padrões e com isso ele consegue antever movimentos e reage a eles muito rapidamente, por isso sua função é caçar anormais e entregá-los a justiça. Por causa de seu treinamento, ele não sente remorsos ou que está traindo seus iguais, o que ele quer é que o terrorismo pare e que o país fique em paz. Mas tudo vai mudar quando ele descobrir que Kate, sua filha de apenas quatro anos é uma brilhante muito poderosa e que por isso pode ir parar em uma academia. Para proteger a filha, Cooper finge ser o mentor de uma grande atentado terrorista que abalou o país para conseguir se infiltrar entre os verdadeiros criminosos e capturar John Smith, o lendário líder dos rebeldes.

A trama desse livro é simplesmente incrível. Não só por unir distopia com ficção científica, mas também pelas reflexões que traz. Ele nos faz questionar sobre coisas reais, como o tratamento dado pelos governos, principalmente o americano, a outros povos; o uso do terrorismo para defender uma causa, seja ela boa ou ruim; e o preconceito e exploração daqueles considerados “diferentes”. E ainda tem um quê de Heroes, com as superinteligências no lugar dos super poderes, mas mantendo esse ar de guerra entre os que querem uma convivência pacifica entre brilhantes e normais e os que preferem que uns dominem os outros. E ver um pai que entra no meio disso não só pelo seu trabalho, mas também pela sua filha é fascinante!

Entretanto algumas coisas não funcionaram muito para mim. Cooper é personagem bem desinteressante e eu não consegui me apegar ou sentir simpatia por ele. Eu esperava que ele tivesse mais conflitos por agir contra os seus iguais ou que demonstrasse um pouco mais de emoção. Até entendo as razões que o levaram a ser como é, mas elas não foram o suficiente para me convencer. A narrativa é bem cansativa e um pouco engessada, lembrando mais um roteiro do que um romance, e isso fez com que a leitura ficasse um pouco arrastada. Entretanto, nas cenas de ação são de perder o fôlego e mesmo sentindo um cansaço sem fim de Cooper eu não conseguia largar o livro.

Enfim, é um bom livro, com uma trama espetacular e muito bem elaborada, mas que peca por um mocinho antipático e narrativa cansativa. Foi por essa trama que fui até o fim da leitura e é por ela que já comecei a ler o segundo volume Um Mundo Melhor.

Série Brilhantes

  1. Brilhantes (Brilliance)
  2. Um mundo melhor (A better world)
  3. Written in fere (ainda não lançado no Brasil).
O Autor
Nascido em Michigan, Marcus Sakey trabalhou como publicitário por dez anos antes de se tornar escritor. Seu trabalho já foi indicado a diversas premiações, dentre elas a Strand Critics, a Reader’s Choice e a ITW Thriller Awards. Também é roteirista e apresentador de Hidden City, um programa de turismo do Travel Channel. Atualmente, vive em Chicago com a esposa e a filha.

Avaliação (3/5)






B-jusssssssss! ♥
;-p

6 comentários:

  1. Olá.
    Também tenho curiosidade pelo livro, mas acho que essa é a segunda resenha que o leitor relata que o livro tem uma narrativa cansativa, e isso me deixa com medo. Ainda mais quando o personagem principal é chato, isso é irritante.
    Agora realmente é brilhante o autor ter reunido ficção cientifica com distopia. Quem saber eu me animo para ler o livro daqui um tempo.

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  2. Giuliana Sperandio Maier5 de setembro de 2016 às 13:00

    Oi Nina, caramba que enredo maravilhoso, uma pena que o autor não conseguiu fazer um mocinho mais instigante para a gordurosa, mas com certeza fiquei curiosa por esse livro. Gostei disso de pegarem chino gancho inteligência, terrorismo, governo e o pai que vai lutar pela filha.
    Sua resenha está ótima e mesmo com os pontos negativos entrou para minha lista de desejados.
    beijos!

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  3. Oii,

    Achei a história interessante, mas não foi o suficiente para ficar atraída pela mesma. Mas com certeza deve ser um livro e tanto para quem curtiu a sinopse.

    beijos

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  4. Oie Nina!!
    Quanto tempo!!
    Bom, eu não sabia muito bem sobre o que se tratava Brilhante, mas gostei de conhecer um pouco mais do livro através da sua resenha.
    Que pena que a narrativa é meio engessada, achei que era mais dinâmica por se tratar de uma distopia. Vou deixar ele por ai, não vou lê-lo ainda.
    Beijos

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  5. Oi Nina!!!
    Eu não conhecia o livro e posso dizer que me supreendi com a trama. Ultimamente estou procurando livros com temaz diferentes, estou cansada de mais do mesmo e imagino que, mesmo que essa leitura não seja tão boa assim, ela será muito válida. Quero ler também....
    Otima resenha beijuh

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  6. OOi!
    Não conhecia o livro, confesso que esse toque de Ficção Cienífica chamou bastante minha atenção. Infelizmente me desanimei um pouco com seu comentário em relação ao Copper e a nota 3/5. Ainda assim, me arriscaria pela trama, dica anotada.
    Beijoos!
    http://estantemineira.blogspot.com.br/

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