A Mulher na Janela - A. J. Finn


FIINN, A. J. A Mulher na Janela. Tradução Marcelo Mendes. São Paulo: Editora Arqueiro, 2018. 352 p. Título original: The woman in the window. Skoob. Comprar.

Sinopse

Anna Fox mora sozinha na bela casa que um dia abrigou sua família feliz. Separada do marido e da filha e sofrendo de uma fobia que a mantém reclusa, ela passa os dias bebendo (muito) vinho, assistindo a filmes antigos, conversando com estranhos na internet e... espionando os vizinhos.
Quando os Russells – pai, mãe e o filho adolescente – se mudam para a casa do outro lado do parque, Anna fica obcecada por aquela família perfeita. Até que certa noite, bisbilhotando através de sua câmera, ela vê na casa deles algo que a deixa aterrorizada e faz seu mundo – e seus segredos chocantes – começar a ruir.
Mas será que o que testemunhou aconteceu mesmo? O que é realidade? O que é imaginação? Existe realmente alguém em perigo? E quem está no controle?
 Neste thriller diabolicamente viciante, ninguém – e nada – é o que parece. A mulher na janela é um suspense psicológico engenhoso e comovente que remete ao melhor de Hitchcock.

Para quem não curtia ler suspense acho até que estou indo bem, já é o terceiro seguido! Logo estou especialista no assunto, kkkkk. A Mulher na Janela é a aposta da Editora Arqueiro no gênero e, já que estou decidida a mergulhar nos thrillers e afins, corri devorar o livro!

Anna Fox já foi uma conceituada psiquiatra infantil mas agora não consegue sair de casa. Depois de sofrer um grande trauma ela desenvolveu agorafobia, que é o medo de espaços abertos ou lugares públicos. Afastada do marido e da filha, ela vive sozinha vendo filmes antigos, jogando xadrez online e falando com estranhos no Ágora, um site especializado em pessoas que têm a mesma síndrome. Os únicos que frequentam a casa são o seu terapeuta, Dr. Fielding; Bina, a fisioterapeuta, e Richard, e belo e misterioso inquilino do porão.

Assim, Anna passa os dias fazendo uma perigosa mistura de seus remédios controlados com vinho (muito vinho!), e vigiando seus vizinhos. Com sua câmera, ela observa o vai e vem de todos, das reuniões do clube do livro da Sra. Gray aos encontros da Sra. Miller com o amante, mas a chegada dos Russells muda sua rotina. Pai, mãe e filho adolescente parecem ser a família a perfeita, e Anna fica obcecada por eles até perceber que nem tudo é o que parece. Um dia, bisbilhotando os novos vizinhos ela vê algo aterrorizante. O problema é que só ela viu e todos acreditam que foi uma alucinação. Mas Anna tem certeza do que viu… ou não?

Será que me reduzi a isso? A uma mulher adulta que fica perplexa com qualquer bobagem que vê à sua frente, um peixinho boquiaberto no aquário da cidade grande? Uma visitante de outro mundo, espantada com a abertura do um mercado novo? Nas profundezas do meu cérebro sedado, alguma coisa lateja de raiva, inconformada com sua derrota. Um rubor queima meu rosto. Foi nisso que me transformei. É isso que sou agora.
Não fosse pelas drogas, eu gritaria até estilhaçar o vidro das janelas.

Pensem em um livro para dar um nó na nossa cabeça? Esse livro é A Mulher na Janela e isso acontece principalmente por causa da narração em primeira pessoa. Como é Anna quem está contando a história e ela está sempre entupida de remédios e vinho, não dá muito bem para saber o que é real e o que é produção da sua mente traumatizada. É complicado acompanhar uma história de mistério em que não podemos confiar na lucidez do narrador e esse acabou sendo um grande trunfo do enredo. Além disso, temos a sensação de estarmos diante de um grande quebra cabeças onde as peças não se encaixam e, de repente, todo mundo é suspeito de tudo, até a própria Anna!

Um outro ponto que me atraiu bastante foi o mergulho que o autor nos proporciona na mente de uma pessoa com depressão e ansiedade. A escrita de A. J. Finn é bastante sensível e em vários momentos eu sentia a angústia e o medo que dominavam Anna. Muita gente não leva os transtornos psicológicos à sério e o livro nos mostra quanto sofrimento essas doenças podem trazer.

Às vezes tenho a impressão de que estou afundando no meu próprio cérebro.

Entretanto, não senti que houve surpresas no desenrolar do livro. Os mistérios que cercam a casa e a vida de Anna são facilmente desvendados e admito que não me surpreendi muito com o desfecho. Desconfiei das pessoas certas, mas achei que os motivos foram fracos. Na verdade, eu até conseguia imaginar motivos bem melhores para tudo o que aconteceu, kkkkkkk. (Para quem quase não lia livros de suspense acho que estou ficando muito exigente!).

Por fim, A Mulher na Janela foi uma leitura eletrizante, que nos prende pela curiosidade e pela vontade de entender o que é real e o que é paranoia, e mesmo nas partes mais paradas e descritivas não conseguimos largar o livro.

O Autor

Formado em Oxford, A. J. Finn é ex-crítico literário e já escreveu para diversas publicações, incluindo Los Angeles Times, The Washington Post e The Times Literary Supplement. A mulher na janela, seu primeiro romance, foi vendido para 36 países e está sendo adaptado para o cinema numa grande produção da 20th Century Fox. Natural de Nova York, Finn viveu por dez anos na Inglaterra antes de voltar para sua cidade natal, onde mora atualmente.

Avaliação (4/5)




B-jusssss! ♥
;-p

7 comentários:

  1. Ei Bff,
    Eu achei uma leitura confusa, mas gostosa. Para quem esta iniciando no gênero, é uma leitura bem legal, misteriosa, confusa, mas leve. Quem já esta em um nível mais levado, fica fraco mesmo, mas ainda sim gostei bastante da leitura, mas confesso que não é tudo isso que estão falando não.

    beijokas

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  2. Oi Nina.

    Eu estou com muita vontade de ter este livro. Por que algumas pessoas estão acham ele fraco, outras acham ele confuso e os mistérios que cercam a casa são facilmente desvendados. Parabéns pela resenha, vou tentar lê-lo logo e tirar minhas próprias conclusões.

    Bjos

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  3. Menina, quero muito ler esse livro, amo enredos que dão nó na cabeça, sem dizer que estou louca de curiosidade para saber o que Anna viu pela janela e se realmente ela viu algo. Acredito mesmo que seja uma leitura eletrizante.

    Abraços.
    https://cabinedeleitura0.blogspot.com.br/

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  4. Tenho vontade de ler esse tipo de livro, muita gente lê thrillers e ama. Mas por algum motivo, eles saem demais da minha zona de conforto. Eu tento ler e simplesmente não vai pra frente. Mas ainda quero encontrar o livro certo.
    Beijos
    Mari
    Pequenos Retalhos

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  5. Quero mto ler este livro. Gosto de suspense, embora não leia este gênero há algum tempo. Bjs

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  6. Olá!
    Esse livro será uma das minhas próximas leituras e estou bem empolgada para entrar na mente dessa personagem. Assim como você não sou muito de ler livros de suspense e espero conseguir desvendar os mistérios que rondam a história.
    Amei a sua resenha.
    Beijinhos!

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  7. Oi, Nina! Tudo bem? Estou vendo muita gente galar sobre esse livro, mas ainda não peguei para ler! Estou me aventurando cada vez mais nesses thrillers psicológicos e minha vontade de ler A mulher na janela só aumenta. Fico feliz que tenha achado o livro eletrizante, preciso de mais leituras assim na minha estante ahahaha e adorei a foto que você tirou, ficou incrível!!

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