Um Acordo e Nada Mais - Mary Balogh


BALOGH, Mary. Um Acordo e Nada Mais. Tradução: Lívia Almeida. São Paulo: Editora Arqueiro, 2018. 304 p. (Clube dos Sobreviventes, v.2). Título original: The arrangement. Skoob. Comprar.

Sinopse

Embora Vincent, o visconde Darleigh, tenha ficado cego no campo de batalha, está farto da interferência da mãe e das irmãs em sua vida. Por isso, quando elas o pressionam a se casar e, sem consultá-lo, lhe arranjam uma candidata a noiva, ele se sente vítima de uma emboscada e foge para o campo com a ajuda de seu criado.
No entanto, logo se vê vítima de outra armadilha conjugal. Por sorte, é salvo por uma jovem desconhecida. Quando a Srta. Sophia Fry intervém em nome dele e é expulsa de casa pelos tios sem um tostão para viver, Vincent é obrigado a agir. Ele pode estar cego, mas consegue ver uma solução para os dois problemas: casamento.
Aos poucos, a amizade e o companheirismo dos dois dão lugar a uma doce sedução, e o que era apenas um acordo frio se transforma em um fogo capaz de consumi-los.
No segundo volume da série Clube dos Sobreviventes, você vai descobrir se um casamento nascido do desespero pode levar duas pessoas a encontrarem o amor de sua vida.

Às vezes, o amor encontra caminhos bem estranhos para chegar e em geral ele vem de onde menos se imagina. No cenário conservador dos romances de Época, ninguém espera amor em um casamento arranjado e parece ser consenso entre as autoras do estilo criar personagens que tentam fugir desse tipo de arranjo. Mas Mary Balogh é mestra escrever histórias onde o casal se apaixona das maneiras mais inusitadas, e por mais improvável que nos pareça, os casamentos arranjados podem se transformar em grandes histórias de amor. E é isso que Um Acordo e Nada Mais vem nos mostrar.

Vincent Hunt é o mais jovem integrante do Clube dos Sobreviventes. Ele partiu para as Guerras Napoleônicas aos 17 anos e foi gravemente ferido em sua primeira batalha, que o deixou cego e surdo. Mas graças aos cuidados do Duque de Stanbrook, ele conseguiu recuperar a audição, no entanto ele sabe que jamais voltará a enxergar. E mesmo sofrendo com terríveis ataques de pânico, sabe que deve ser grato pelo que possui.

Depois da morte de um tio distante, Vincent herdou uma grande fortuna e o título de visconde, e com os cuidados constantes da mãe e das irmãs, ele não tem do que reclamar… a não ser de sua total falta de liberdade. Tentando protegê-lo, a família não permite que ele faça praticamente nada, tudo é colocado em sua mão e ele é poupado de todo esforço. Mas quando elas lhe encontram uma noiva, Vincent chega ao seu limite e foge de casa acompanhado por seu valete e melhor amigo, Martin Fish.

Seus anos de dependência estavam no passado. Era tempo de crescer e assumir o controle. Não seria fácil. Mas já fazia muito tempo que percebera que deveria tratar a cegueira como um desafio, não como uma deficiência, se quisesse ter uma vida feliz e realizada.

Ele decide voltar para a casa onde passou sua infância, em Barton Coombs, esperando encontrar por lá um pouco de paz e sossego, mas logo a cidade inteira fica sabendo de sua vinda e ele passa a receber incontáveis visitas e se torna o alvo preferido das moças solteiras.

Sophia Fry vive em Barton Coombs em situação deplorável. Ela perdeu a mãe quando ainda era um bebê, o pai era um jogador sem juízo e perdeu a vida em um duelo quando ela tinha apenas 15 anos. Ela mora de favor com os tios que, apesar de não lhe deixar faltar casa e comida, fazem questão de agir como se ela não existisse. Assim, ela se acostumou a viver pelos cantos, invisível como uma ratinha. Mas sua invisibilidade acaba quando Sophie descobre que os tios estão armando uma situação para forçar Vincent a se casar com sua prima Henrietta e parte para salvar o jovem visconde. Mas seu ato impensado vai provocar a fúria dos tios, que a expulsam de casa sem nem um tostão. Agora é vez de Vincent resgatá-la com uma proposta absurda e irrecusável.

Ela fechou os olhos. Queria tanto esse casamento. Ela o queria tanto - sua doçura, o senso de honra, seus sonhos, o entusiasmo, até sua vulnerabilidade. Queria alguém para sim. Alguém que a chamasse pelo nome, que a abraçasse para que se sentisse segura e que risse com ela. Alguém belo e dolorosamente atraente.
Alguém que a ajudasse a deixar para trás a imagem estilhaçada que tinha de si mesma.

Que livro fofo! Muito, muito, muito melhor do que o primeiro, e olha que eu amei o primeiro! Vincent é um dos personagens mais apaixonantes que já vi: lindo, gentil e com a alma ferida pela deficiência. Sophia também é incrível pois, mesmo depois de todo o abandono que passou ela não deixou de acreditar na bondade humana e consegue ver algo bom em tudo. Juntos eles vão se descobrindo aos poucos e enfrentando seus traumas e medos. Aos poucos Sophia desabrocha e percebe que não é uma ratinha invisível, que merece ter amigos, amar e ser amada como qualquer pessoa. E Vincent aprende que a cegueira não o impede de viver, que com uma casa adaptada ele pode se locomover, fazer suas atividades físicas e até mesmo cavalgar sozinho.

E sabe qual é a melhor parte? Mary Balogh não ficou inventando pretextos e motivos para afastar os dois. Não tem nenhum drama sem sentido ou uma terceira pessoa que tenta separá-los. O enredo é apenas o casal amadurecendo, aprendendo a conviver e a se amar, e na construção desse amor, trata de temas muito relevantes como inclusão, acessibilidade, autoestima e perdão.

E para melhorar ainda mais, os demais integrantes do Clube dos Sobreviventes aparecem na história, inclusive Sophia passa um tempo hospedada na casa de Hugo e Gwen, protagonistas do primeiro livro, e foi muito bom rever o casal. E eu estou ansiosa pelo próximo, para matar as saudades que já sinto de Vincent e Sophia! Com certeza indico muito os dois livros da série e Mary Balogh continua soberana como minha autora preferida de Romance de Época!

Série O Clube dos Sobreviventes
  1. Uma Proposta e Nada Mais
  2. Um Acordo e Nada Mais
  3. Uma Loucura e Nada Mais
  4. Only Enchanting
  5. Only a Promise
  6. Only a Kiss
  7. Only Beloved 

A Autora

Mary Balogh nasceu e foi criada no País de Gales. Ainda jovem, se mudou para o Canadá, onde planejava passar dois anos trabalhando como professora. Porém ela se apaixonou, casou e criou raízes definitivas do outro lado do Atlântico.

Sempre sonhou ser escritora e tinha certeza de que, no dia em que escrevesse um livro, ele seria ambientado na Inglaterra do Período da Regência. Quando sua filha mais nova tinha 6 anos, Mary finalmente encontrou tempo para se dedicar ao antigo sonho. Depois de três meses escrevendo na mesa da cozinha, a primeira versão de sua obra de estreia estava pronta. Publicada em 1985, deu a Mary o prêmio da Romantic Times de autora revelação na categoria Período da Regência. Em 1988, depois de vinte anos de magistério, ela passou a se dedicar apenas aos livros.

Hoje Mary Balogh é presença constante na lista de mais vendidos do The New York Times e vencedora de diversos prêmios literários.

Avaliação (5/5)


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