O Coração da Esfinge - Colleen Houck


HOUCK, Collen. O Coração da Esfinge. Tradução Alves Calado. São Paulo: Arqueiro, 2016. 368 p. (Deuses do Egito, v.2). Título original: Recreated. Skoob.

Sinopse
“Lily Young achou que viajar pelo mundo com um príncipe egípcio tinha sido sua maior aventura. Mas a grande jornada de sua vida ainda está para começar.
Depois que Amon e Lily se separaram de maneira trágica, ele se transportou para o mundo dos mortos – aquilo que os mortais chamam de inferno. Atormentado pela perda de seu grande e único amor, ele prefere viver em agonia a recorrer à energia vital dela mais uma vez.
Arrasada, Lily vai se refugiar na fazenda da avó. Mesmo em outra dimensão, ela ainda consegue sentir a dor de Amon, e nunca deixa de sonhar com o sofrimento infinito de seu amado. Isso porque, antes de partir, Amon deu uma coisa muito especial a ela: um amuleto que os conecta, mesmo em mundos opostos.
Com a ajuda do deus da mumificação, Lily vai descobrir que deve usar esse objeto para libertar o príncipe egípcio e salvar seus reinos da escuridão e do caos. Resta saber se ela estará pronta para fazer o que for preciso.
Nesta sequência de O despertar do príncipe, o lado mais sombrio e secreto da mitologia egípcia é explorado com um romance apaixonante, cenas de tirar o fôlego e reviravoltas assombrosas.”

O Despertar do Príncipe foi uma das minhas melhores leituras de 2015 e não é difícil imaginar o porquê: sou professora de história e qualquer relação à mitologia (seja ela qual for) me encanta. E por mais absurda que possa parecer, a história de amor entre uma múmia egípcia e uma garota nova iorquina me pegou de jeito! Amon é incrivelmente sexy e acompanhá-lo descobrindo os mistérios do mundo moderno é fascinante - e muito engraçado! Lily é o tipo de mocinha que me agrada nos livros, é inteligente, independente e muito perspicaz.

Mas o final desse livro quase me deixou louca, já que nada terminou do jeito que eu queria. Amon e Lily estão separados e ele preso no mundo dos mortos (isso não é spoiler, está escrito na sinopse!) e ela sozinha e deprimida com a falta do amado.Assim, eu estava louca por O Coração da  Esfinge, para saber como os dois resolvem esse problema, e para isso eles recebem a ajuda de ninguém menos do que Anúbis, o deus da mumificação. Graças ao amuleto de besouro que contém o coração de Amon, Lily é a única com consegue entrar em contato com ele, e Anúbis propõe que ela vá atrás dele para resgatá-lo. Mas para que ela consiga sobreviver à viagem, terá que se transformar em uma esfinge. Para que essa empreitada dê certo, Lily conta com a ajuda do Dr. Hassan e de vários de deuses que vão se juntar para tentar ajudá-la, ou atrapalhar dependendo da situação.

Dessa vez, minha relação com os Deuses do Egito não foi das melhores. Como gostei muito do primeiro livro, estava esperando demais do segundo e talvez isso tenha atrapalhado um pouco. A leitura foi arrastada e não rendeu tanto quanto eu esperava, somente no final é que a história deslanchou. A história ficou truncada, são muitos impedimentos, muitos feitiços, muita novidade. A cada passo que Lily dava em direção a Amon, algo novo acontecia que a tirava do rumo e tudo o que eu queria era ver os dois juntos novamente.

Senti muita, mas muita falta de Amon, que quase não aparece na história. Fiquei confusa e incomodada com as reações de Lily aos outros homens e com a maneira com que todos a desejavam. Eu entendi o motivo dessas atitudes, mas um ciúme por Amon tomou conta de mim e eu não consegui aceitar o que estava acontecendo. Mas por outro lado, Colleen Houck foi um gênio ao criar essa situação, porque ao invés de um triângulo amoroso temos um quadrilátero com possibilidades de se tornar um hexágono, sem que ninguém esteja sendo desleal. Pode parecer confuso para vocês agora, mas juro que vai fazer sentido quando vocês estiverem lendo, e vocês verão que é até interessante só não sei como a autora vai resolver essa confusão toda.

E como acontece no primeiro livro, Colleen Houck deu um show ao falar de mitologia egípcia. E nesse volume aparecem novos deuses e personagens míticos, o que fez a historiadora em mim dar pulinhos de alegria. Não fosse a enrolação no meio e o fato da Lily de repente ter se tornado a deusa da sedução, eu teria favoritado o livro. Mas não deixo de recomendar, a série é muito boa e uma excelente oportunidade para quem deseja conhecer melhor o Egito Antigo sem perder a magia da modernidade.

Série Deuses do Egito

  1. O Despertar do Príncipe
  2. O Coração da Esfinge

A Autora

Colleen Houck é uma leitora voraz que adora títulos de ação, aventuras, temas paranormais, ficção científica e romance. Ela entrou para a lista de livros mais vendidos do The New York Times com a sua primeira série, A Maldição do Tigre, que já vendeu mais de 500 mil exemplares no Brasil. A obra teve os direitos adquiridos pela Paramount Pictures e deve chegar ao cinema em breve. Colleen estudou na Universidade do Arizona e trabalhou como intérprete de língua de sinais durante 17 anos. Era me Salem, no Oregon, com o marido e uma imensa coleção de tigres de pelúcia.

Avaliação (4/5)






B-jusssss! ♥
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3 comentários:

  1. Suzana Chaves Linhares3 de outubro de 2016 às 09:52

    Olá! Sou louca para ler esses livros, amo história e a do Egito me fascina bastante. É legal esse lado fantasioso, do amor dela com uma múmia. Deve ser uma ótima leitura. Beijos

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  2. Olá! Realmente a leitura desse livro está arrastada. Tanto eu quanto uma amiga que tbm está lendo achou isso. Me decepcionei um pouco porque além de esperar mais da continuação de O Despertar do Príncipe, esperava mais da autora de A Maldição do Tigre. Mas vou terminar de ler e espero que a leitura deslanche mesmo e que os próximos volumes sejam melhores.
    Beijos

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  3. Eu sou ultra fã da coleção AMDT, então estou dando um tempo para ler a nova coleção da Collen por medo de chegar no afã e me decepcionar. Aí, já vi algumas críticas a esta coleção que houve erros na mitologia egípcia, daí tenho ficado com mais receio ainda... Mesmo que a leitura se arraste um pouco, o que me irritaria mais é essa mania de tornar a protagonista em um pedestal de sedução, mas não aos olhos dela. Com Kelsey, foi assim tb, todo mundo a queria, a amava e ela se achava um rabanete... Cansativo.... Mas bem, por mais que eu escreve A e B, tenho certeza que lerei... então... rsrs

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