A Filha da Minha Mãe e Eu - Maria Fernanda Guerreiro

GUERREIRO, Maria Fernanda. A Filha da Minha Mãe e Eu. Ribeirão Preto, SP: Editora Novo Conceito, 2012. 272 páginas.

Avaliação (1 a 5) ♥ ♥ ♥ ♥ ♥

"Lendo o resultado do exame, enquanto meu sorriso ganhava vida própria, o primeiro pensamento que tomou conta de mim foi 'com meu filho vai ser diferente'. Esses eram, no mínimo, sentimentos conflitantes e eu não podia mais ignorar isso. Eu tinha que fazer as pazes com a minha história."(p. 07)

Mariana acaba de descobrir que está grávida e, diferente de Davi, seu marido, ela não consegue se sentir plenamente feliz com a notícia. Isso porque a revelação de sua gravidez a faz reviver momentos dolorosos de sua relação com a mãe, Helena. Ela ainda não sabe como é ser mãe, mas já sabe que será uma mãe bem diferente da sua.

Desde muito pequena, Mariana percebeu a preferência de sua mãe por seu irmão Guga. Talvez por ele ser mais frágil e mais sensível do que ela, Helena sempre pareceu mais propensa e estar do lado dele. Mesmo assim, ela sempre fez tudo ao lado de seu irmão mais velho e a frieza de sua mãe só a levava a se aproximar mais do pai, Tito, sempre atencioso e cheio de carinho com ela.

O problema é que a proximidade de Mariana com o pai só fazia atiçar o ciúmes da mãe e fazer com ela aumentasse os maus tratos com a filha. Só bem mais velha é que ela percebeu que Helena disputava a atenção do marido com a própria filha.

Aos poucos Mariana vai relembrando seu passado com sua família para tentar se reconciliar com sua mãe e conseguir aprender como também ser uma mãe.

* * * * *

Eu não consegui gostar desse livro, pronto.falei!
E vou explicar para vocês o porque, mas primeiro acho mais fácil dizer o que foi positivo. A escrita de Maria Fernanda Guerreiro é muito boa. A leitura é fácil e prazerosa e, consequentemente, flui rápido. A revisão foi muito bem feita e a capa é linda. O enredo e até interessante e o leitor fica curioso para saber o final, o que aconteceu com a Mariana e sua família. E é só.

No começo até que as coisas vão bem, mas não consegui me conectar com os personagens que não são nem um pouco carismáticos. A própria Mariana é uma sonsa de marca maior, que absorve tudo para si, parece que todas os problemas, tristezas e preocupações da mãe são por culpa dela. E como o livro é narrado em primeira pessoa e a história contada através dos pensamentos e lembranças de Mariana, pouco se conhece dos demais personagens. Mas acredito que não perdemos muito: Helena é chata e muito radical em suas atitudes, Tito é o marido bonzinho e bobo, Guga é frágil e muito infantil, a avó materna me pareceu totalmente lunática enquanto a família paterna é grudenta, intrometida e sem noção.

Mas o que mais me incomodou foi o excesso de problemas que essa família tem que enfrentar. Tem de um tudo: traição, divórcio, aborto, drogas, homossexualismo, abuso sexual, depressão, tentativa de suicídio, abandono na infância, espíritos obsessores, etc. Ou seja, é pouca família para muito desgraça!

Quem acompanha o blog sabe o quanto me irrita quando o livro gira em torno de um problema e ele se resolve com tanta facilidade que parece mágica. Pois é, aqui também temos isso. Um dia Mariana está está em depressão profundo e vai se atirar da janela e no outro está ótima, e nunca mais se fala nisso. Helena de um dia para o outro se arrepende de tudo e vira a melhor mãe do mundo. Ou seja, o livro tem tanta informação e quer abordar tantos assuntos diferentes, que no final tudo se resolve magicamente.

Mas você persiste e continua lendo porque pensa que pelo menos um romancezinho tem que ter, já que na primeira página do livro Mariana fala de seu marido e diz que está grávida. Que nada! Tudo se resume a um final insosso com pouco mais de dez páginas. Decepcionante!

Bom peeps, eu não indico. Tem muito livro bem melhor por aí.
E vocês? Já leram? O que acharam?

B-jusssss! ♥
;-p


Um comentário:

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