Simplesmente o Paraíso - Julia Quinn


QUINN, Julia. Simplesmente o Paraíso. Tradução Ana Rodrigues. São Paulo: Editora Arqueiro, 2017. 272 p. (Quarteto Smythe-Smith V.1). Título original: Just like heaven. Skoob.

Sinopse
“Honoria Smythe-Smith sabe que, para ser uma violinista ruim, ainda precisa melhorar muito…
 Mesmo assim, nunca deixaria de se apresentar no concerto anual das Smythe-Smiths. Ela adora ensaiar com as três primas para manter essa tradição que já dura quase duas décadas entre as jovens solteiras da família. Além disso, de nada adiantaria se lamentar, então Honoria coloca um sorriso no rosto e se exibe no recital mais desafinado da Inglaterra, na esperança de que algum belo cavalheiro na plateia esteja em busca de uma esposa, não de uma musicista.
Marcus Holroyd foi encarregado de uma missão…
Porém não se sente tão confortável com a tarefa. Ao deixar o país, seu melhor amigo, Daniel, o fez prometer que vigiaria sua irmã Honoria, impedindo que a moça se casasse com pretendentes inadequados. O problema é que ninguém lhe parece bom o bastante para ela. Aos olhos de Marcus, um marido para Honoria precisaria conhecê-la bem (de preferência, desde a infância, como ele), saber do que ela gosta (doces de todo tipo) e o que a aflige (como a tristeza pelo exílio de Daniel, que ele também sente). Será que o homem ideal para Honoria é justamente o que sempre esteve ao seu lado afastando todo e qualquer pretendente?
Com seu estilo inteligente e divertido, Julia Quinn enfim apresenta ao público o Quarteto Smythe-Smith, o terrivelmente famoso e adoravelmente desafinado grupo musical que conquistou os leitores antes mesmo que as cortinas se abrissem para ele.”

E sei o quanto vai parecer improvável para vocês, mas eu, amante confessa de Romance de Época, nunca tinha lido Julia Quinn. Sim, me julguem e me condenem porque eu mereço! Sei o quanto os Bridgertons são amados, ma quando me atentei à série, já tinham uns três ou quatro volumes publicados e não gosto de ler fora da ordem. Mas com o Quarteto Smythe-Smith não vou perder a chance de acompanhar um série da diva do Romance de Época.

Pelo que observei, as Smythe-Smith já são famosas na série dos Bridgertons pelos concertos anuais que elas fazem, onde a nata da sociedade londrina comparece. A questão é que elas são péssimas! São tão ruins que o que acontece nessas apresentações é um verdadeiro massacre da música! Entretanto, todos são educados demais para admitir o fato e todos os anos se enchem de coragem e voltam para ouvir peças clássicas serem exterminadas pelas primas.

“Honoria tratou de não estremecer. O musical anual da família nunca era um bom momento para fazer amizade com um cavalheiro, a menos que ele fosse surdo. Houve algum argumento dentro da família a respeito de quem, precisamente, tinha começado a tradição, mas em 1807, as quatro primas Smythe-Smith tinham subido ao palco e massacrado uma peça musical perfeitamente inocente. Por que elas, ou melhor, suas mães pensaram que seria uma boa ideia repetir o massacre nos anos seguintes, Honoria nunca saberia, mas o fez no ano depois desse, e ano após.”

Como toda boa tradição, a apresentação do Quarteto Smythe-Smith tem suas regras: somente moças solteiras tocam. Assim que se casa, a jovem fica dispensada de participar do concerto infame, e por isso Honoria está obstinada a se casar e fazer desta sua última apresentação. Ela só não entende porque todos os seus pretendentes da temporada passada desapareceram antes de fazer a proposta. Mas para essa temporada, tudo será diferente, ela até já escolheu seu alvo: o jovem Gregory Bridgerton.

Marcus Holroyd é o melhor amigo de Daniel Smythe-Smith, o irmão de Honoria. Criado em uma casa solitária, Daniel e sua família é o mais próximo de um parente que Marcus tem. Assim, quando é obrigado a deixar o país, ele não hesita em pedir que Marcus cuide de sua irmã mais nova para que ela não tenha um casamento equivocado. Mas quanto mais ele observa Honoria tentando afastá-la dos maus pretendentes, mais consciente ele fica da beleza dos olhos violetas dela e de sua personalidade doce e companheira. Aos poucos, o amor vai tomando conta dos dois e, por mais estranho que pareça por eles terem crescido como irmãos, vai ser muito difícil resistir à atração.

“- Não quero ser seu irmão - respondeu ele.
E logo a olhou de novo, entretanto, olhou-a de forma diferente. Possivelmente fossem seus olhos ou sua pele, ruborizada. Ou a forma que estava respirando. Ou a curva de sua face. Ou o pequeno lugar onde seu...”


Fiquei apaixonada por essa história! Leve, muito divertida e romântica, foi difícil largar o livro depois que eu comecei. A narrativa da Julia Quinn é tudo aquilo que comentam mesmo, e o melhor, os personagens tem falas que são muito típicas da época. Não que seja rebuscado ou difícil de entender, pelo contrário, mas são tão condizentes com o período, que teve momentos em que esqueci que se trata de um livro contemporâneo.

Outro ponto que me chamou muito a atenção foi o quanto o livro é divertido, eu ri tantas vezes que mais parecia que eu estava lendo um chick-lit. Todos levam com muito bom humor a falta de talento do quarteto, mesmo que ninguém fale abertamente sobre o assunto com a moças. E Honoria tem um senso de humor ótimo, ácido e sarcástico na medida certa. Quando ela e Marcus começam a conversar, é uma sucessão de tiradas irônicas.

Como disse antes, os dois são amigos de infância e têm uma relação muito próxima e pouco convencional para a época em que vivem e, talvez por isso, eles demoram para perceber que estão apaixonados. E é muito bom acompanhar como eles vão ao pouco descobrindo esse sentimento e se encantando por ele. Ele passam por muitos percalços juntos, jurando que tudo o que estão sentindo é apenas amizade e o romance só deslancha no finalzinho do livro. O final poderia ter sido melhor elaborado, mas pelo menos temos um epílogo para saber como os personagens ficaram depois.

“Ele parecia diferente para ela. Conhecia este homem por quase tanto tempo como podia recordar, como era possível que alguma vez não tivesse notado a forma de sua boca? Ou seus olhos.”

A capa é maravilhosa, e o melhor de tudo é que a Arqueiro lançou a série toda de uma vez, então não há porque ficar sofrendo para ler o próximo e eu já estou louca para conhecer a história de Daniel, que será o protagonista do próximo livro.

Quarteto Smythe-Smith

  1. Simplesmente o Paraíso
  2. Uma Noite Como Esta
  3. A Soma de Todos os Beijos
  4. Os Mistérios de Sir Richard

A Autora

Julia Quinn começou a trabalhar em seu primeiro romance um mês depois de terminar a faculdade e nunca mais parou de escrever. Seus livros já atingiram a marca de 8 milhões de exemplares vendidos, sendo 3,5 milhões da série Os Bridgertons.
É formada pelas universidades Harvard e Radcliffe. Seus livros já entraram na lista de mais vendidos do The New York Times e foram traduzidos para 26 idiomas. Foi a autora mais jovem a entrar para o Romance Writers of America’s Hall of Fame, a Galeria da Fama dos Escritores Românticos dos Estados Unidos, e atualmente mora com a família no Noroeste Pacífico.

Avaliação (4/5)






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