A Heroína da Alvorada - Alwyn Hamilton
HAMILTON, Alwyn. A Heroína da Alvorada. Tradução Eric Novello. São Paulo: Editora Seguinte, 2018. 384 p. (A Rebelde do Deserto, v.3). Título original: Hero at the fall. Skoob. Comprar.
Sinopse
Quando a atiradora Amani Al-Hiza escapou da cidadezinha em que morava, jamais imaginava se envolver numa rebelião, muito menos ter de comandá-la. Depois que o cruel sultão de Miraji capturou as principais lideranças da revolta, a garota se vê obrigada a tomar as rédeas da situação e seguir até Eremot, uma cidade que não existe em nenhum mapa, apenas nas lendas — e onde seus amigos estariam aprisionados.
Armada com sua pistola, sua inteligência e seus poderes, ela vai atravessar as areias impiedosas para concluir essa missão de resgate, acompanhada do que restou da rebelião. Enquanto assiste àqueles que ama perderem a vida para soldados inimigos e criaturas do deserto, Amani se pergunta se pode ser a líder de que precisam ou se está conduzindo todos para a morte certa.
Essa vai ser uma resenha difícil.
Eu sei que não parece promissor começar uma resenha dizendo que ela vai ser difícil, mas eu não sei mesmo por onde começar… A Rebelde do Deserto é uma das minhas séries favoritas e eu amei demais os dois primeiros livros. Amani é uma protagonista incrível, o enredo é envolvente e a narrativa tem um ritmo alucinante. Assim ler o terceiro e último livro da série me trouxe sentimentos conflitantes: ansiedade para saber o sinal, medo de não ter a mesma qualidade dos livros anteriores, tristeza por me despedir dos personagens. Mas mesmo diante de tantos conflitos, a Heroína da Alvorada furou todas as filas de leitura assim que chegou aqui em casa.
Nos livros anteriores, Amani deixou a pequena cidade onde vivia fugindo dos soldados dos sultão ao lado de Jin, que julgava ser um jovem como qualquer outro. Logo ela descobriu que ele era um rebelde e um príncipe, filho do Sultão e irmão de Ahmed, o líder da rebelião que tomava conta do deserto. Ela também se descobriu uma demdji, filha de um djinni com uma humana, e dona de poderes especiais - ela é capaz de controlar a areia, e para quem vive no deserto, não há nada com tanta abundância quanto areia. Envolvida na rebelião por acaso, Amani encontra novos amigos, um amor e uma motivação: fazer de Ahmed o novo Sultão.
Ela enfrentou muitas provações pelo caminho, a maior delas foi a própria personalidade egoísta. Mas agora, depois de um duro golpe do sultão, a maior parte dos rebelde estão presos e cabe à Amani a chefia da rebelião. Todos esperam que ela saiba o que fazer e para onde ir, mas ela não tem certeza se conseguirá enfrentar todos os desafios sozinha. Mas mesmo cheia de dúvidas, ela parte em uma jornada insólita para resgatar seus amigos e vencer o sultão.
E eu era apenas a filha descartada de um djinni vinda de uma cidade nos confins do deserto, improvisando truques tirados da manga. Ouvi mais uma vez aquela voz no fundo da minha cabeça, mais alta a cada dia que os olhos da rebelião se viravam para mim esperando ordens que eu não queria dar. E respostas que eu não tinha. Quem eu pensava que era para enfrentar aquele homem, descendente de conquistadores e lendas?
E foi totalmente incrível! A Heroína da Alvorada é com certeza o melhor livro da série! Tem ação, tem aventura, tem fugas alucinantes, tem mortes e perdas irreparáveis, e tem até um pouquinho de romance. O crescimento e amadurecimento de Amani fica evidente neste livro, mostrando que ela aprendeu a dominar seus sentimentos e a enfrentar seus medos. Ela tem decisões difíceis a tomar e, pela primeira vez, não pensa somente nela.
O enredo é 100% focado nela, na sua ótica dos acontecimentos, e até Ahmed, o príncipe rebelde, passa a ser apenas um coadjuvante diante de Amani. Até mesmo o romance com Jin fica em segundo plano e isso não atrapalhou de forma alguma o desenrolar da história. Isso porque Jin não é o tipo de homem que se incomoda com o brilho da mulher, muito pelo contrário, ele deixa Amani livre para fazer o que deve, e está lá quando ela precisa. Por outro lado, os laços de amizade entre Amani e Shazad ficam ainda mais fortes, mostrando o valor da sororidade e da cumplicidade feminina. E eu amei isso! Um livro onde a amizade entre duas mulheres está no mesmo patamar que amor de uma delas. Uma história onde uma garota valoriza tanto a melhor amiga quanto o namorado. E isso é uma lição que mulheres do mundo inteiro precisam absorver: amor e amizade são sentimentos de igual importância, e não devem competir.
Esta não é nossa última noite. Teremos o amanhã, depois de amanhã, e mil noites depois. Por enquanto, pode ser suficiente que eu seja seu. - Ele me beijou gentilmente. - Tudo o que sou, entrego a você, e tudo o que tenho é seu. Porque o dia da nossa morte não será amanhã.
As cenas de ação são incríveis, muito bem elaboradas e muito bem escritas. E o melhor é que elas se repetem numa velocidade alucinante, fazendo com que a gente fique grudado no livro, roendo as unhas. Mal nos recuperamos de uma aventura, Amani e seus amigos estão se envolvendo em outra. E é cada coisa que acontece que fica difícil não perder o fôlego, como por exemplo, a cena que está na capa do livro que é uma das melhores!!!
Enfim, A Heroína da Alvorada é o desfecho perfeito para a série perfeita. O final não deixou nenhuma ponta solta e nos conduziu até muitos anos depois dos acontecimentos narrados, nos deixando a par do que aconteceu com cada um dos personagens. E se você ainda não leu essa série m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a, não sabe o que está perdendo.
Série A Rebelde do Deserto
- A Rebelde do Deserto
- A Traidora do Trono
- A Heroína da Alvorada
A Autora
Alwyn Hamilton nasceu em Toronto, no Canadá, e já morou na França e na Itália. Estudou história da arte no King’s College, em Cambridge, e atualmente vive em Londres. Tem o péssimo hábito de comprar livros demais para alguém que está sempre mudando de casa.
Avaliação (5/5) 💖
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