A Prisão do Rei


AVEYARD, Victoria. A Prisão do Rei. Tradução Alessandra Esteche. São Paulo: Editora Seguinte, 2017. 544 p. (A Rainha Vermelha, v.03). Título original: King’s cage. Skoob.

Sinopse
“Mare Barrow foi capturada e passa os dias presa no palácio, impotente sem seu poder, atormentada por seus erros. Ela está à mercê do garoto por quem um dia se apaixonou, um jovem dissimulado que a enganou e traiu. Agora rei, Maven continua com os planos de sua mãe, fazendo de tudo para manter o controle de Norta — e de sua prisioneira.
Enquanto Mare tenta aguentar o peso sufocante das Pedras Silenciosas, o resto da Guarda Escarlate se organiza, treinando e expandindo. Com a rebelião cada vez mais forte, eles param de agir sob as sombras e se preparam para a guerra. Entre eles está Cal, um prateado em meio aos vermelhos. Incapaz de decidir a que lado dedicar sua lealdade, o príncipe exilado só tem uma certeza: ele não vai descansar enquanto não trouxer Mare de volta.”

A série A Rainha Vermelha está sendo uma das mais conhecidas ultimamente, há os que amam, há os que odeiam, mas quase não há os que não a conhecem. Eu, amante assumida de distopia, tenho acompanhado as aventuras de Mare Barrow e seus amigos e estava num misto de ansiedade e apreensão por esse terceiro livro, porque fiquei um pouco decepcionada com o desenrolar da história. Mas como detesto abandonar séries, lá fui eu ler A Prisão do Rei e hoje trago minhas impressões para vocês.

Essa resenha pode conter spoilers dos livros anteriores.

No final de A Espada de Vidro, Mare é forçada a se render a Maven para salvar seus amigos. Levada para o palácio, ela é mantida prisioneira e seu poder controlado por meio das Pedras Silenciosas e prateados silenciadores e tenta sobreviver ao peso sufocante que os dois exercem sobre ela. Forçada conviver com Maven, ela vai descobrindo os motivos que o levaram a ser o psicopata que é e o tamanho do estrago que a influência da mãe, a falecida Elara, teve sobre o garoto. Do lado de fora do palácio, a Guarda Escarlate se reorganiza para combater o governo prateado e continua a reunir os sangue novos, enquanto Cal, o exilado príncipe prateado, não consegue se decidir que lado da guerra vai ficar.

Infelizmente minha relação com esse livro não foi nada boa. Eu já estava com o pé muito atrás com ele porque as atitudes que Mare tomou no segundo livro foram tão absurdas que acabei pegando birra da garota. Na tentativa de reunir um exército de sangue novos e tirar Maven do poder, ela se transformou em uma mala autoritária e egoísta e eu senti que nesse livro a autora tentou redimir os erros da protagonista, mas sem mudar sua personalidade. Mas isso não deu muito certo, já que Mare continua com o olhar preso no próprio umbigo e com uma visão totalmente limitada do que está acontecendo a sua volta.

Uma boa parte do livro se passa com Mare presa no palácio, e isso deixou a história bem enfadonha, já que a narrativa se torna repetitiva e focada apenas nos traumas de Mare e Maven, e por mais que entenda que os dois estão “quebrados”, isso não precisa ser repetido a cada duas páginas. E mesmo que agora o livro tenha mais duas narradoras, Cameron e Evangeline, as lamentações continuam e o protagonismo delas é bem limitado. Isso me irritou muito, esperava ter muito mais história fora da prisão do rei e mesmo quando isso acontece, as narradoras tem pouca percepção do que está se desenrolando.

Não estou dizendo que A Prisão do Rei é um livro ruim, só achei que ele é grande demais para o que contém. São muitas páginas de descrições repetitivas e muito tempo perdido com o cativeiro de Mare. Vencida essa fase, quando pensei que a história finalmente se desenrolaria com a promessa de uma batalha sangrenta e um final apoteótico, tudo é descrito pela metade e eu fiquei bastante frustrada.

E o pior é que, não sei de onde eu tirei essa ideia, mas li o livro todo achando que era o último da trilogia e quase morri quando cheguei naquele final aberto. Foi só aí que descobri que teremos um quarto livro, que ainda não tem título e nem previsão de lançamento. Só me resta agora aguardar o próximo livro e ver como Victoria Aveyard vai resolver essa patacoada toda.

Série A Rainha Vermelha


1. A Rainha Vermelha
1.5. Coroa Cruel
2. Espada de Vidro
3. A Prisão do Rei
4. Tempestade de Guerra

A Autora


Victoria Aveyard cresceu em Massachusetts e frequentou a Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles. Formou-se como roteirista e tenta combinar seu amor por história, explosões e heroínas fortes na sua escrita. Seus hobbies incluem a tarefa impossível de prever o que vai acontecer em As Crônicas de Gelo e Fogo, viajar e assistir a Netflix.


Avaliação (2/5)







B-jussssss! ♥
;-p

4 comentários:

  1. Olá, tudo bem???
    Poxa a série vem sendo decepcionante pelo jeito. Acho que vou ficar mesmo apenas com A Rainha Vermelha que gostei tanto da leitura. Ainda pouco pensei em dar uma segunda chance na leitura, mas ainda bem que não comprei os demais livros. Eu não gosto de desistir de série, ainda mais quando se trata de distopia, mas... sinceramente, não ando com tempo para perder com leituras que vão me frustrar, Gostei muito de sua sinceridade. Xero!

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  2. Oi Nina, tudo bem?

    Acabei de ler uma resenha que o livro foi muito bem elogiado (o primeiro da série), então estava aqui morrendo de vontade de ler. Ainda não sei se devo ou não pegar o livro, pois por um lado adoro distopias, mas prevejo que também pegarei birra da personagem. Mesmo assim, a série parece promissora e acho que vou arriscar. Adorei sua resenha!

    Beijos!

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  3. Oieeee
    Li Rainha Vermelha faz uns dias, gostei mas não achei tão maravilhoso, lendo sua resenha estou mais ainda com o pé atrás sobre a série.
    Pelo que me disseram os outros livros da série ja estão para lançar, não sei se essa informação esta certa.
    Enfim, que pena que não foi uma leitura tao boa.

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  4. Oi Nina, sua linda, tudo bem?
    Acabei agora de ler uma resenha do outro livro da série e comentei justamente o fato de que as pessoas estão bem divididas, uns gostam e outros não. Essa é a primeira resenha que leio do terceiro livro e fiquei triste, pois pensei que a autora iria evoluir a história, mas pelo visto não foi isso que aconteceu. Sou como você se comecei a ler, não desisto da série. Então, vamos torcer para que o quarto realmente seja o último e compense os outros. Sua resenha ficou ótima!!!
    beijinhos.
    cila.

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